Paralisação nas escolas públicas atinge 23 estados e o DF, diz CNTE

Professores exigem pagamento do piso salarial de R$ 1.451

A paralisação de professores das redes públicas estadual e municipal de todo o país atingiu 24 unidades da federação nesta quarta-feira (14). Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a mobilização vai até a sexta-feira (16) e tem como objetivo exigir que os governos cumpram a lei que instituiu o piso salarial nacional para a categoria em R$ 1.451,00 para docentes em início de carreira e com carga horária de 40 horas semanais.

Segundo a CNTE, 23 estados e o Distrito Federal concordaram em suspender as aulas durante a paralisação. Os três estados que não foram afetados pelo movimento nesta quarta-feira são Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Secretarias de governos estaduais e municipais afirmam que estão em negociação com os representantes dos docentes e buscam medidas para adequar o pagamento ao novo piso nacional do magistério.

Veja a situação em cada estado:

Bahia

Os professores das redes municipal e estadual da Bahia aderiram à movimentação nacional e suspenderam as aulas nesta quarta. A rede estadual de ensino tem 1.476 escolas, sendo que a maioria está sem aulas, embora mantenha o funcionamento administrativo, informou a assessoria da Secretaria Estadual de Educação. O governo da Bahia afirmou, em nota, que 5.210 professores da rede estadual têm nível médio e não recebem o piso salarial definido pelo MEC, e que está concluindo os estudos técnicos para aplicação do reajuste necessário ao cumprimento da lei. Em Salvador, as 426 escolas municipais estão sem aulas, de acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Educação.

Pernambuco

Nem todos os professores da rede pública de ensino de Pernambuco aderiram à paralisação que teve início nesta quarta-feira (14). Durante o expediente da manhã, boa parte dos alunos também compareceu às aulas. Algumas escolas municipais, como o Colégio Pedro Augusto, no bairro da Boa Vista, no centro do Recife, aderiram ao movimento e suspenderam as aulas.

A prefeitura do Recife confirmou que algumas escolas aderiram, mas não tem ainda o balanço oficial. A orientação é que os alunos continuem indo para as escolas porque eles estão tentando garantir o funcionamento com estagiários e professores contratados, além dos diretores que, nesses caso, também têm que assumir as aulas. A assessoria da secretaria estadual da educação informou que não foi feito um levantamento para saber quantos professores faltaram. Segundo o secretário Anderson Gomes, o governo recomenda que os alunos compareçam às aulas porque nem todos os professores estão aderindo.

Informações do G1

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