Um dos grandes desafios para os gestores e estudiosos da economia criativa é desenvolver uma base de estatísticas consistente e contínua para este setor, devido a escassez de pesquisas na área. Nesse sentido, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, por meio da Superintendência de Promoção Cultural (Suprocult), e em parceria com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia – SEI/Seplan, lança, na versão online, a 7º edição da revista Infocultura – Ocupação e trabalho na economia criativa do Estado da Bahia, no próximo dia 29, às 11 horas. A publicação, que estará disponível no site da Secretaria (www.cultura.ba.gov.br) tem o objetivo de construir indicadores de modo a fomentar estudos, pesquisas e publicações futuras para o setor, além de fornecer aos órgãos governamentais e privados subsídios para o planejamento.
“Uma constatação interessante obtida com os resultados das análises foi que o segmento criativo ocupa mais indivíduos do que a maioria dos outros setores selecionados, tendo mais de 50 mil pessoas ocupadas neste setor no estado, sendo inferior apenas à quantidade de mão de obra ocupada na construção civil”, explica a diretora de Economia da Cultura da SecultBA, Carmen Lima. O estudo teve como uma das principais metas avaliar a relevância do setor criativo na Bahia. Para dar subsídios a essa proposta, a pesquisa realizou uma comparação entre o segmento criativo e os principais setores da economia baiana, sendo eles: petroquímico, construção civil, metalurgia, celulose, automobilístico, indústria têxtil, hotelaria e calçados. Foi escolhido o Censo 2010, dentre as bases de dados disponíveis, por possuir uma amostra mais representativa da totalidade da população do estado.
“O estudo ressalta o perfil da economia criativa na Bahia, em comparação com a economia baiana como um todo, mas também em comparação com outros estados, melhorando o entendimento das especificidades do nosso estado”, ressalta Carlos Paiva, superintendente de Promoção Cultural. Para contextualizar o setor criativo na Bahia a pesquisa também se propôs a traçar um comparativo dos dados de quatro outros estados do Brasil, a fim de identificar as principais diferenças entre os segmentos que compõem o setor pesquisado nos estados selecionados. Por serem importantes polos da área cultural, Rio de Janeiro e São Paulo foram escolhidos para a análise comparativa, além de Pernambuco e Ceará, que, junto com a Bahia, formam os principais centros de produção cultural do Nordeste. “Esta será a primeira pesquisa que ficará disponível no Sistema de Informações e Indicadores em Cultura (SIIC-BA). Com isso esperamos que os dados organizados sirvam para reflexões independentes pelos pesquisadores da área”, acrescenta Carlos Paiva.
Infocultura
É a Revista de estudos econômicos na área de cultura publicada pela Superintendência de Promoção Cultural (Suprocult), da Secretaria Estadual de Cultura (SecultBA). Suas edições anteriores, todas disponíveis no site da SecultBA, contemplaram as publicações sobre “Carnaval 2007: Uma Festa de Meio Bilhão de Reais”; “Centro Antigo de Salvador: uma região em debate”; “Carnaval de Salvador: Perfil das entidades e participação dos metropolitanos”; “Comportamento dos Residentes em Salvador no Carnaval 2009”; “Economia do Audiovisual na Bahia e no Brasil: estudos e reflexões”.