DIRETO DE PONTO NOVO E CALDEIRÃO GRANDE

Mais trinta famílias de agricultores familiares serão assentadas no Projeto Pajeú, no município baiano de Ponto Novo/Caldeirão Grande, ocupando uma área de mais de 61 mil m². Para tanto, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) assinou nesta última sexta-feira (12), com o governo do Estado, através da Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), contrato de cessão de uso, com objetivo de implantar uma unidade de demonstração com modelo diferenciado de reforma agrária.

“Já está atestado o reconhecimento do governo Jaques Wagner, à agricultura familiar da Bahia. Os movimentos sociais sempre foram e continuam sendo grandes parceiros, porque é uma concepção de governar com intensa participação social, que tem voz e vez”, afirmou o secretario da Agricultura da Bahia, Jairo Carneiro.

“De forma conjunta, integrando as estruturas do governo do Estado, estamos dando os primeiros passos para um final feliz que começa a acontecer hoje, em prol do viver bem no campo”, comemorou o secretário de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), César Lisboa.

Na área cedida, seis hectares serão destinados à instalação de uma unidade de demonstração coletiva, cabendo ainda a cada família um lote também de seis hectares, dos quais um será irrigado. De acordo com o superintendente regional do Incra na Bahia, Luiz Gugé, “esse é um momento histórico no Estado, de construção de um novo modelo de reforma agrária, e o próximo passo é oferecer a essas famílias toda estrutura de habitação, assistência técnica, doação de mudas, irrigação, créditos e financiamentos, para manutenção do homem no campo produzindo com sustentabilidade e qualidade de vida”.

“70% das famílias do assentamento são formadas por jovens e esta ação renova as esperanças dessas pessoas de permanecer no campo, fazendo de suas terras uma empresa de onde retiram sua sobrevivência através da comercialização da produção”, declarou o coordenador do Movimento dos Pequenos Agricultores de Ponto Novo (MPA), Edivagno Rios, ressaltando que através de um convênio celebrado com a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (Ebda), já está prevista para iniciar a plantação de sementes criolas no assentamento.