Um projeto que levará tecnologia para a atuação dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) foi lançado na última quinta-feira (11), no Parque Tecnológico da Bahia.
O m-ACS vai desenvolver soluções tecnológicas, com emprego de tablets, conectados à rede de dados, com aplicativos específicos, desenvolvidos de acordo com as necessidades de atuação dos ACS. Fruto de um convênio entre a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia (Secti) e a Frocruz Bahia, a iniciativa conta com o apoio dos senadores Walter Pinheiro (PT/BA)e Lídice da Mata (PSB/BA).
Durante o lançamento, o senador Pinheiro destacou a importância de levar a tecnologia da informação para o trabalho desenvolvido pelo ACS. “Os relatórios das visitas gerados hoje são de papel, difíceis de serem utilizados como base de dados. Com esta tecnologia será muito mais eficiente o processamento das informações, e dessa forma o atendimento se torna mais completo, com a possibilidade do uso do equipamento para a telemedicina e para transmitir conteúdos de prevenção a doenças para as famílias, por exemplo”, destacou Pinheiro.
O senador, que é um histórico defensor dos agentes comunitários de saúde, lembrou das conquistas da categoria. Ele é autor do texto da emenda constitucional que resultou na regularização da profissão dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias e relator da matéria que incluiu a profissão na Constituição. “Este ano conseguimos aprovar no Congresso Nacional a fixação de um piso salarial nacional para a categoria”, lembrou.
Atualmente, no Brasil, existem mais de 257 mil agentes, que participam de cerca de 35 mil equipes de Saúde da Família, com cobertura de 62 milhões de pessoas. De acordo coa Fiocruz, o uso dos aplicativos vai ajudar na identificação precoce de doenças, permitindo ainda agilidade do fluxo e tratamento da informação, o que vai melhorar o direcionamento das ações das equipes da Saúde da Família.
De acordo com o diretor da Fiocruz Bahia, Manoel Barral Netto, os aplicativos (Apps) e sistemas desenvolvidos serão disponibilizados para uso gratuito pelo SUS e um estudo piloto da solução será realizado na região metropolitana de Salvador. Após avaliação dos resultados, espera-se ampliar o piloto para outros municípios, com a realização de um estudo multicêntrico. O projeto foi lançado no âmbito da Plataforma de Tecnologias para o SUS, uma unidade equipada com infra-estrutura para desenvolver projetos com enfoque prioritário na atenção básica, instalada numa área de cerca de 80 metros quadrados e conectada à Rede Metropolitana Salvador (ReMeSSA), no Parque Tecnológico.
O evento também contou com a presença do ex-governador Roberto Santos, do coordenador executivo do Parque Tecnológico, Leandro Barreto, e do pesquisador da Fiocruz, Mitermayer Galvão Reis.
Assessoria de Comunicação do senador Walter Pinheiro (PT/BA)