Quem serão os secretários de Wagner ?

Secretariado: O que pode acontecer a partir de segunda-feira
14/01/2011 12:59

 Política Hoje 

Podem entrar:

Zezéu Ribeiro: O deputado federal reeleito teria recebido convite para ocupar a Secretaria de Planejamento, no lugar do economista Antônio Alberto Valença. Ele mesmo, durante a Lavagem do Bonfim, já confirmava o fato para quem o perguntasse sobre isso, apesar de todo o silêncio do governador. O perfil da indicação é notadamente político em detrimento do técnico, uma vez que o petista Zezéu é arquiteto e urbanista, já foi vereador de Salvador e também candidato ao Governo do Estado.

Nestor Duarte: É especulado como novo nome do PDT baiano no governo do Estado, além de Feliciano Monteiro. A articulação vem sendo levada adiante pelo presidente regional do partido, Alexandre Brust, que reivindica mais espaço para o grupo, que fez parte da coligação que reelegeu Wagner. Duarte já tem experiência na condução de órgãos públicos, pois foi secretário de Transportes e Infraestrutura na prefeitura de Salvador na primeira gestão de João Henrique.

Nelson Pelegrino: Ventila-se a possibilidade do deputado federal Nelson Pelegrino voltar a integrar o corpo de secretários do governo Wagner. Porém, o petista não tem se mostrado muito afeito à ideia. Deseja continuar seu mandato ao mesmo tempo em que se prepara para disputar internamente no partido a indicação a candidato à prefeitura de Salvador. No ano passado, ele foi secretário de Justiça e atuou na implantação de novas unidades prisionais, diminuição da população carcerária e estabelecimento de um programa de penas alternativas que virou modelo nacional.

Domingos Leonelli: Derrotado em seu desejo de ser deputado federal novamente, Leonelli tem grandes chances de retornar à Secretaria de Turismo, uma das pastas que teve maior desempenho nos quatro primeiros anos da gestão do PT na Bahia. Foi substituído por Antônio Carlos Tramm, que deu continuidade à sua política, mas sua volta é solicitada. Ele não demonstra interesse nem desinteresse na possibilidade e se mantém discreto.

Juca Ferreira: Ex-ministro da Cultura em substituição a Gilberto Gil, Juca teve para si um movimento nacional que pedia a Dilma Rousseff sua permanência no cargo, o que não se concretizou. Esta organização, então, passou a ser estadual, com entes culturais em franca campanha para convencer o governador a trocar o posto para que Juca repita na Bahia e que fez no plano federal. Juca, no entanto, negou que cobice o cargo do amigo Márcio Meirelles, que é duramente criticado desde que assumiu a difícil atribuição de comandar a gestão da riqueza cultural baiana, foco pesado dos anos de governos do antigo PFL. A política, por outro lado, é sempre surpreendente e não é impossível que Juca apareça como novo secretário.

Devem ficar:

Osvaldo Barreto: Chegou ao governo depois do escândalo do palavrão de Chico Bento que derrubou Adeum Sauer em 2009 e teve uma atuação elogiada pelo governador, gestores de escolas e organismos de avaliação. Em especial, sua gestão leva adiante a iniciativa que pode ser considerada a menina dos olhos de Wagner: o Programa Todos Pela Educação (Topa). Nas poucas entrevistas que dá, o governador tem dito que o novo perfil secretarial não será surpresa e representará a continuidade na gestão estadual.

Jorge Solla: Apesar de já ter declarado a confidentes e jornalistas que gostaria de deixar o posto para voltar a dar mais atenção à vida pessoal, o secretário de Saúde Jorge Solla é nome praticamente certo na continuidade dos titulares das principais pastas do Governo da Bahia. Os destaques de sua gestão têm sido a construção de novas unidades médicas, a exemplo do Hospital da Criança, em feira de Santana, e o Hospital do Subúrbio, em Salvador. Está tão cotado que pouco mais de um mês atrás era até mesmo o nome do lobby de Wagner para assumir o Ministério da Saúde do governo Dilma.

César Nunes: Apesar dos números da violência da Bahia serem alarmantes, Jaques Wagner não tem nenhuma intenção de sacar César Nunes do comando da Segurança Pública do Estado. Recentemente, as ações de inteligência e repressão aumentaram, em especial nos esquemas de blitz que forram a capital e algumas cidades do interior, além da ampliação de programas como o Ronda nos Bairros. A força de Nunes se reflete nas quase semanais crises relativas ao número de mortes no estado e insegurança. Enquanto as instituições são duramente criticadas, é raro haver uma ocasião em que a cabeça do titular da pasta seja pedida.

Carlos Martins: Nome forte da administração atual, o secretário da Fazenda tem trânsito fácil inclusive pessoalmente com o governador. Raramente se envolve em boatos e tem a seu favor extraordinários números de avanços econômicos da Bahia atualmente, em especial aqueles que apontam uma criação recorde de postos de trabalho.

Cícero Monteiro: Entrou no governo para substituir o agora ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence. Na secretaria de Desenvolvimento Urbano, coordena órgãos executivos, como a Conder, que leva adiante as grandes obras de infraestrutura do estado, boa parte delas financiada por verbas federais. Com algumas destas obras em curso há algum tempo e outras engatilhadas, é prudente para Wagner que mantenha o atual gestor, que tem perfil técnico e, apesar de não ser petista, agrada às correntes diversas do grupo.

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