
Líder nas pesquisas de intenção de votos na disputa para o governo de Pernambuco, o candidato Paulo Câmara (PSB) minimizou nesta quinta-feira, 2, o impacto que a morte do ex-governador Eduardo Campos teve na disputa local. Principal adversário do candidato, Armando Monteiro chegou a impor uma diferença de cerca de 30% no início da corrida eleitoral, mas o quadro se alterou completamente após a morte de Campos no último dia 13 de agosto.
Pesquisa Ibope divulgada hoje mostra que Câmara tem 42% das intenções de voto. Monteiro vem em segundo, com 34%. Zé Gomes (PSOL) tem 1%. Questionado se a morte do ex-governador foi decisiva para a virada, Câmara respondeu recorrendo a um discurso de candidato eleito: “De jeito nenhum. A gente ia ganhar as eleições porque o povo quer continuar o trabalho que o Eduardo iniciou.
E fico muito triste de ser governador de Pernambuco e não ter Eduardo ao meu lado. Queria muito ser governador com Eduardo na presidência da República, pois sempre estive junto com ele, e vai ser muito difícil governar Pernambuco sem estar com Eduardo ao lado”. Câmara participou no início da noite do último comício antes do primeiro turno das eleições.
O evento foi realizado na Praça da Independência, no centro de Recife, e contou com a participação de integrantes da família Campos, do governador João Lyra Neto (PSB), do prefeito do município, Geraldo Júlio (PSB) e candidatos da coligação. “A morte de Eduardo trouxe uma curiosidade por parte da população em saber quem era o candidato que ele tinha escolhido para sucedê-lo. Isso realmente houve. Mas era o que a gente já entendia que iria acontecer.
Foi mais rápido do que a gente esperava, mas estamos chegando hoje dentro daquilo que a gente tinha planejado de estar com uma margem mais tranquila nas pesquisas e, se Deus quiser, com uma bonita vitória no domingo”, ressaltou Câmara.
Erich Decat, Agência Estado