Por Eduardo Sol/Da Folha de Pernambuco
Ultrapassada em Pernambuco pela presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT), segundo a última pesquisa Datafolha (42% a 40%), Marina Silva (PSB) volta o Estado hoje para tentar, na última semana de campanha, recuperar os votos perdidos.
A socialista vinha na frente pno estado, desde que foi oficializada como candidata socialista à Presidência, no lugar de Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em agosto.
Era o único Estado do Nordeste em que o PSB ganhava do PT. Marina participará com o candidato ao Governo do Estado, Paulo Câmara, de uma caminhada em Caruaru, entre 15h e 17h. Às 20h, os dois farão um grande comício na frente do Paço Alfândega, no Bairro do Recife.
Com a “perda” de Pernambuco, Marina agora ganha só no Acre – seu estado de origem e único em que está à frente no Norte do Brasil -, Espírito Santo, Distrito Federal e em São Paulo, maior colégio eleitoral do País. Também trava uma dura no Rio de Janeiro, onde aparece, assim como em Pernambuco, em empate técnico com Dilma.
A presidenciável socialista volta em uma situação diferente da última visita, no início deste mês (quando caminhou pelo bairro de Casa Amarela com Paulo e participou de um ato fechado). Nas últimas pesquisas, com poucas oscilações, ela caiu muito em percentual de intenção de votos, enquanto Dilma subiu.
Considerando apenas os votos válidos, o levantamento do Datafolha aponta, inclusive, a possibilidade de a presidente petista ganhar no primeiro turno, coisa que não acontecia desde a entrada de Marina ao pleito. A visita da candidata socialista a Pernambuco chega em mais um dia de ataques fortes contra ela. O PT colocou no ar, ontem, um comercial de 30 segundos em que diz que ela teria mentido no debate da Band sobre seu voto, enquanto senadora, a favor da Contribuição sobre Movimentação Financeira, a CPMF, durante o Governo Fernando Henrique Cardoso. O comercial petista, que deve ser usado novamente, prova, segundo os registros do site do Senado, que Marina votou contra, em 1995 e em 1999.
Ontem, em São Paulo, a coordenadora da campanha socialista, deputada Luiza Erundina, reclamou da pouca arrecadação de recursos. Segundo ela, falta dinheiro até para confecção de bandeiras.