Desafios da sustentabilidade é tema de seminário em comemoração ao Dia Nacional da Caatinga


A Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente (SEADRUMA), realizou na manhã desta quinta-feira (28), no auditório da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) em Juazeiro, seminário em comemoração ao dia nacional da caatinga. Com o tema “Reflexões, experiências e desafios da sustentabilidade da caatinga”, o evento reuniu dezenas de estudantes, representantes de instituições e professores da região. De acordo com os organizadores, o objetivo principal do seminário foi celebrar os oito anos do dia nacional da caatinga e os seis anos da declaração da década da educação para o desenvolvimento sustentável.

 

Durante a plenária o técnico e pesquisador da Embrapa Semiárido, Dr. Iêdo Bezerra Sá, falou sobre o programa de monitoramento dos biomas e o combate à desertificação.

 

“O projeto de monitoramento dos biomas brasileiros por satélite foi um dos grandes avanços da tecnologia em nosso país, ele é necessário porque o território brasileiro ocupa uma área de dimensões consideráveis, e essa tecnologia facilita o trabalho de mapeamento. As imagens que captamos identificam quais os locais que estão tendo maiores problemas de pressão ambiental, a exemplo das áreas desmatadas; daí os órgãos responsáveis podem tomar as providencias cabíveis”, destacou. Já em relação à desertificação Iêdo explicou que o problema se agrava a cada dia “e caso o quadro não se reverta é possível que até 2050, a mesma afete 50% das terras agrícolas da América Latina”, observou.

 

Dando continuidade ao seminário, a consultora do CENAP/ICMBio, Cláudia Bueno de Campos, fez um breve histórico sobre o parque nacional Boqueirão da Onça, localizado no coração do semiárido, e falou da sua importância. “O boqueirão da onça é uma área que deve ser a maior unidade de conservação fora do bioma Amazônico. Nós possuímos uma enorme biodiversidade, com espécies diversas de pássaros, répteis, anfíbios e mamíferos; além de uma riqueza paisagística maravilhosa. O parque é apenas um exemplo desse bioma tão rico e belo, precisamos interagir e acreditar que a caatinga é um espaço que tem grandes qualidades” enfatizou Cláudia.

 

Vale destacar que a Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, é considerada um ecossistema de grande importância do ponto de vista biológico por apresentar fauna e flora únicas, formada por uma vasta biodiversidade, rica em recursos genéticos e de vegetação constituída por espécies variadas.

 

Para o secretário de Agricultura de Juazeiro, Agnaldo Meira, debater sobre a caatinga é extrema relevância, pois serve para fortalecer a conscientização ambiental perante a sociedade. “Em meio a todas as discussões referentes a esse assunto, a mais importantes para mim, é a questão da identidade, respeitando as adversidades. Essa iniciativa só tem muito a contribuir com o desenvolvimento do Vale do São Francisco, e acredito que se todos reverem seus conceitos e postura diante do mundo, o meio ambiente vai ganhar muito”, declarou.

 

O evento foi uma realização da SEADRUMA; UNIVASF; UNEB; com parceria da Embrapa Semiárido; IRPAA; CENAP e ICMBio.

Ascom/PMJ

 

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