A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) e a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) estão atuando para impedir a propagação do vírus que causa a Doença de Newcastle, identificado aves migratórias no Sertão do Estado. O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), através da Portaria n° 702/2024, definiu a Newcastle como uma doença viral contagiosa.
De acordo com a Adagro, aves conhecidas como avoantes ou arribação apareceram mortas nos municípios de Afrânio, Santa Maria da Boa Vista e Dormentes. Amostras coletadas pelo órgão e encaminhadas para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Campinas-SP, deram positivo para a Doença de Newcastle. Após o resultado, novos casos de aves mortas pelo vírus foram notificados em Lagoa Grande, Orocó e Parnamirim, entre os dias 8 e 14 de agosto.
“Diante desta mortandade em aves de arribaçã, além do trabalho integrado entre os órgãos estaduais e as prefeituras, é necessário o reforço junto à população para que notificações de novas ocorrências sejam feitas o mais rápido possível à Adagro e que os produtores mantenham as aves de criação longe do contato de aves silvestres”, destaca a diretora de defesa e inspeção animal da Adagro, Glenda Holanda.
Entre as medidas emergenciais adotadas pelo Governo de Pernambuco, por meio da Adagro e CPRH, estão a notificação de todas as ocorrências recebidas, identificação de locais onde as aves migratórias estão pousando e uma parceria junto a instituições com especialistas em migrações de aves silvestres, como UFRPE, Univasf, Universidade Federal do Agreste e o Centro de Manejo de Fauna Silvestre (Cemafauna) da Univasf, em Petrolina. O objetivo é ter uma compreensão macro do fenômeno, para que o governo adote medidas preventivas e mitigatórias.
Apesar de não trazer perigo grave e iminente aos humanos, o vírus da Doença de Newcastle é fatal para algumas aves, inclusive galinhas, o que pode impactar na economia do Estado.