FÉ E TRADIÇÃO MARCARAM A PASSAGEM DO DIA DO VAQUEIRO EM JUAZEIRO

unnamedA música “Morte do Vaqueiro”, eternizada na voz de Luiz Gonzaga, retrata bem a situação que este forte sertanejo vive no dia a dia, enfrentando desafios e vencendo os perigos da caatinga.

Felizmente essa nobre missão foi reconhecida e, desde o ano passado, o vaqueiro teve sua profissão regulamentada pela presidenta Dilma, através da Lei 12.870. Em Juazeiro a valorização do vaqueiro vem ganhando força através de diversos eventos que mantém viva essa tradição.

No último sábado (06) foi celebrada na Capela de São Geraldo, a terceira Missa do vaqueiro de Juazeiro, promovida pela Secretaria Municipal de Cultura em parceria com a Associação de Desenvolvimento Cultural, de Corrida de Argolinhas e Vaquejada do Norte da Bahia (ACCAV).

O Padre Josemar Mota, responsável pela celebração lembrou da Padroeira de Juazeiro, Nossa Senhora das Grotas, que, segundo a história, foi encontrada em uma grota às margens do Rio São Francisco por um índio e entregue a um vaqueiro. O celebrante destacou a força do vaqueiro como resistência do sertão e a sua luta diária para manter a família no seu torrão.

O ponto forte da missa, o ofertório, foi marcado pela participação de Fernando Aboiador que, no repente, falou de cada peça do vestuário usado pelo vaqueiro. A cada oração proferida era visível à emoção em vaqueiros de todas as idades que, encourados erguiam às mãos ao alto pedindo à proteção do senhor.

Para o vaqueiro Nilson Favela, que viveu boa parte da sua vida tocando o gado na Fazenda Sacrabetó e região do Salitre, momentos como estes se constituem na renovação da fé e na esperança de dias melhores.

Já o presidente da ACCAV, Adilson Souza Nunes, destacou a participação de vaqueiros de Juazeiro, Sobradinho, Uauá e Curaçá. Segundo ele, a missa fortalece essa integração e mantém viva a tradição do homem do campo.

De acordo com o prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho, além de festejar o Dia do Vaqueiro, criado através de um Projeto de Lei do vereador Crisostomo Lima (Zó), a Missa do Vaqueiro e a cavalgada representam uma valorização da cultura e a preservação destes homens fortes, que na fé, encontram forças para continuar escrevendo a valorosa história do sertão nordestino.

Logo após a missa, que teve também a participação da cantora de vaquejada Josélia Nunes, emocionando a todos ao cantar a “Ave Maria Sertaneja”, os vaqueiros saíram em cavalgada até o Ginásio de Esportes onde foi servido o almoço com as apresentações musicais.

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