Bahia contará com Observatório da Equidade a partir de 2012

A partir de janeiro de 2012, a Bahia contará com um Observatório da Equidade Social, que tem como objetivo formar uma rede composta por secretarias estaduais e entidades da sociedade civil para a realização de pesquisas sobre as desigualdades no estado, a fim de subsidiar a elaboração de políticas públicas. O projeto se articulará com a Agenda Baiana de Desenvolvimento e é uma iniciativa do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia (Codes-BA), órgão vinculado à Secretaria de Relações Institucionais do Estado (Serin).

O anúncio da instalação do Observatório foi feito na segunda-feira (19) pelo coordenador executivo do Codes-BA, Edson Valadares, durante o lançamento do Relatório de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio na Bahia, desenvolvido pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), sob a coordenação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

“Em todo o mundo, as discussões suplantaram a simples avaliação do Produto Interno Bruto (PIB). Precisamos de novos indicadores que re-signifiquem o conceito de desenvolvimento e orientem a ação governamental com base no levantamento estatístico do bem estar da população, com dados sobre renda, educação, saúde, igualdade de gênero e raça, segurança alimentar e ambiental”, afirmou Valadares, salientando que os dados do relatório servirão de base para os primeiros estudos do Observatório da Equidade Social.

Relatório – A publicação, disponibilizada em www.sei.ba.gov.br, apresenta o desempenho do estado em relação aos oito Objetivos do Milênio estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que sejam atingidos até 2015 pelos 191 países signatários da Declaração do Milênio, acordada no ano 2000. Entre os objetivos estão a erradicação da extrema pobreza e a fome, universalização do ensino primário, redução da mortalidade infantil e garantia da sustentabilidade ambiental.

De acordo com o levantamento feito pela SEI, a Bahia tem destaque no cenário nacional por já ter alcançado resultados em áreas prioritárias, como a redução da taxa de mortalidade infantil de 60 por mil nascidos vivos, em 1994, para 21 por mil, em 2009, e a diminuição do percentual da população que recebe menos de meio salário mínimo per capita domiciliar, passando de 62,3%,em 1992, para 30,0%, em 2009.

(Paulo Renan – Serin)

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