Uma comissão formada por representantes da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema) e das Unidades de Conservação da Caatinga, visita nesta terça (05), a área do Açude das Pedras, em Rajada, distrito de Petrolina, onde foram localizados no início deste ano, vestígios de comunidades pré-históricas.
Em paredões de pedra, foram encontrados registros de imagens cotidianas como ações religiosas, contato com a natureza, dentre outras; através de pinturas. A proposta da visita é fazer um levantamento da área que deve ser cercada para que o material encontrado fique protegido de ações depredatórias e possa ficar à disposição da comunidade científica para um estudo mais aprofundado. A visita ao local está agendada para às 8h30.
“Enquanto representantes do município, temos a preocupação em dotar o local de toda a segurança que permita com que o material encontrado seja preservado. Para tanto, o decreto 35/2014 foi assinado pelo prefeito Julio Lossio, há alguns meses, que dispõe justamente sobre a proteção dos monumentos arqueológicos e pré-históricos do município. Dentre outros itens, o decreto também informa que qualquer denúncia de depredação do ambiente pode ser feita para os órgãos competentes, a exemplo do Ministério Público e Polícia Federal”, enfatiza o diretor presidente da AMMA, Gleidson Castro.
A área que vai ser visitada nesta terça fica a cerca de 40 quilômetros do centro de Petrolina. Um arqueólogo e um geólogo receberam fotos do local assim que o mesmo foi descoberto e emitiram pareceres positivos com relação às pinturas encontradas nas rochas. De acordo com informações do professor Fabricio Caxito, do departamento de Geologia da Universidade Federal de Minas Gerais, “as pedras do açude tratam-se de granitos datados de 600 milhões de anos, muito semelhantes a granitos que atualmente ocorrem na região dos Himalaias, na Ásia. Isso sugere que nesta época a região oeste de Pernambuco, inserindo-se a comunidade de Rajada, fez parte de uma grande cadeia de montanhas semelhantes à que existe hoje entre a China e o Tibete”..