O problema já dura 45 dias. A falta de água no Condomínio Residencial Praia do Rodeador agora não atinge apenas às moradias, mas também a plantação de grama da área externa. A beleza do verde deu lugar aos galhos e folhas secas. Além de faltar água para o consumo humano a paisagem desértica vem incomodando os moradores do local.
De acordo com o comunitário Davi Lima, residente do local, falta água todos os dias na caixa e nas torneiras dos apartamentos e por isso, alguns moradores aproveitam quando chega à água para aguar as gramas e assim evitar que elas morram definitivamente. Segundo ele, a prefeitura rompeu o contrato de R$ 8 mil com a empresa encarregada de fornecer carros-pipa para molhar a plantação. “Em pouco tempo a grama secou por falta dágua”, reclamou.
Ainda segundo Davi, os moradores que tomam iniciativa de molhar as gramas são criticados pelos vizinhos, já que falta água também para os serviços domésticos elementares. “Aqui os moradores precisam de água para beber, cozinhar, tomar banho e não entendem que alguns moradores usem o liquido, quando tem, para molhar plantas”, destaca a insensibilidade do poder público, que segundo ele, já foi informada do problema, e ainda não tomou nenhuma providência.
A equipe de reportagem buscou uma resposta do Serviço Autônomo de Água e Esgotos (SAAE) e foi informada que a falta de água que atinge alguns bairros da cidade, e não apenas o conjunto residencial Praia do Rodeador, é pontual devido à falta de investimentos ao longo dos últimos 30 anos no setor e que a atual gestão, em três anos de governo, investiu mais de R$ 5 milhões para a melhoria do abastecimento de água no município com o objetivo de evitar um colapso. “A solução definitiva passa pela construção de uma adutora. O projeto já está pronto na CEF, que sinalizou a liberação do recurso e essa talvez seja a grande obra do SAAE ”, explica Antonio Pedro, assessor do órgão.
Por Mônia Ramos
Foto Cristina Duarte