por Evilásio Júnior
BN – Embora não seja nova, a tática de usar nome inusitado ou que identifique a profissão ou o território do postulante segue em alta nas eleições deste ano. A estratégia é usada desde a época em que o nome dos candidatos era escrito a mão pelos eleitores na cédula de votação.
Apesar da urna digital, com poucos segundos de rádio e TV, em 2014 ainda há quem aposte no efeito “Onça Peteleco” para alcançar a Assembleia Legislativa. Nos anos 80, em uma eleição para vereador, a felina conquistou mais sufrágios do que muito edil diplomado na Câmara de Salvador. Protesto ou não, naquele tempo, o voto no animal – obviamente considerado nulo pelo TRE – pegou carona na popularidade da sua fuga do Zoológico, explorada à exaustão pelos noticiários da Bahia meses antes do pleito.
Fatos semelhantes ocorreram ainda em São Paulo, com o rinoceronte Cacareco, e no Rio de Janeiro, com o lendário macaco Tião. Pelas alcunhas de alguns dos aspirantes a deputado estadual, conforme o site do TSE, quem não chegar a ser Onça Peteleco, tenta pelo menos repetir o êxito do atual vereador soteropolitano Vado Malassombrado (DEM), que obteve nada menos que 8.471 votos em 2012.
Apesar do fim da Copa, o BN lista os seus 23 convocados: Abelhinha (PSC); Antônio Carvalho Sozinho (PEN); Carlos – O Amigo (PDT); Cláudio Irmão do Axé (PMN); Bell com Amor (PEN); O Galo Cego (PSOL); Edmíssil (PSOL); Gil Popoca (PP); Baixinha (PEN); Zé do Saco (PMN); Cara de Hambúrguer (PT); Sapateiro de Touquinha (PEN); SD Jurandir – O PM da Gaiola (PCdoB); Sky Jutai (PCdoB); Law Love Beat (PEN); Laurêncio Pai do Camelô (PSB); Peteleko (PR); Marcelo do Cupim (PTC); Deputada (PEN); Marlene do Sopão (PTC); Marta Isopor (PRP); Sônia Holística (PV) e Walfredo Vem Aí (PRP).