Mobilização tenta reaver demissão de médico em Juazeiro

O juazeirense Fábio Lima, presidente do Instituto Sócio- Cultural Monsenhor Nestor Dais Lima foi ao Programa Bastidores da Notícia, na manhã de hoje, para falar sobre a demissão do psiquiatra Francisco Barboza.
Uma mobilização da sociedade civil organizada pretende reaver a exoneração enviada no dia 16 de novembro, deste ano, pela Secretaria Municipal de Saúde. Um abaixo assinado está circulando no município para sensibilizar a gestão municipal.
De acordo com Fábio Lima, um dos manifestantes contrário a atitude do secretário de Saúde, Ubiratan Pedrosa de desvincular Dr. Francisco do CAPS II, centro em que ele foi idealizador e um dos fundadores, “a carta de demissão foi simplória e dá um demonstrativo de perseguição política”. Fábio diz ainda, que há uma manobra política para desconsiderar todo o trabalho desenvolvido pelo médico que atuou com muita dedicação durante mais de uma década e tem uma relação fraternal com os pacientes.
No documento, há assinaturas de parentes de pacientes que eram atendidos por Dr. Francisco. “Não sabemos mais o que fazer, já que meu irmão se recusa a ser atendido por outro médico. Quando ele chegou e recebeu a triste notícia de que Dr. Francisco não estava mais aqui, ele chorou”, lamentou Francisca Gomes, em frente ao Centro no Bairro Pedra do Lord.
Até agora mais de mil assinaturas foram registradas no abaixo assinado, inclusive as de 12, dos 13 vereadores da Câmara Municipal Aprígio Duarte. Apenas o edil Pedro Alcântara não se manifestou em favor da mobilização.
Dr. Francisco exercia sua profissão há quase 12 anos no CAPS II. Foi admitido em 03 de janeiro de 2000 e na mesma data de 2012, por lei, ganharia a estabilidade profissional no município. Tempo suficiente para se tornar estatutário.
Lima argumentou que procurou conversar com o secretário de Saúde por uma causa social. Dr. Francisco é um dos dois médicos psiquiatras que atendia no Centro de Atenção Psicossocial do município. Mas a secretária de Pedrosa o informou que recebia ordens lhe desautorizando o agendamento de uma reunião com os requerentes. “Não podemos nos calar diante de tanta arbitrariedade e tanta politicagem em nosso município”, disse.
Em documento emitido pela SMS e assinado pelo secretário solicitando o comparecimento do médico para a rescisão do contrato de trabalho, a Prefeitura Municipal de Juazeiro argumenta que a demissão foi motivada pela necessidade de haver corte de gastos e para o redimensionamento da força de trabalho dentro da secretaria.

Por Mônia Ramos

 

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