Observamos, na sequência, agressões à vida privada de presidenciáveis, com tentativa de pregar pechas sobre utilização de drogas e consumo de álcool e etc… E isso com direito a provocação desnecessária e deselegante nas redes sociais. Vimos até pregação ao ódio, com um estímulo velado a reações grotescas como os xingamentos direcionados à presidente Dilma Rousseff na abertura da Copa do Mundo.
E estamos acompanhando tudo isso em um momento em que o eleitor brasileiro se mostra desiludido com a política do País. Ao invés de se empreender uma busca, uma tentativa de resgate na fé de que as dificuldades vivenciadas no Brasil devem ser encaradas também através da política, os times de nossos presidenciáveis vão promovendo um debate que afasta ainda mais.
A discussão sobre o que pode ser melhor para recolocar a economia brasileira em uma linha crescente está, atualmente, ofuscado pelo questionamento de quem tem mais ódio no coração. Reascenderam até o velho debate entre classes – elite branca contra o progressismo voltado aos menos abastados, estimulando uma separação quando o Brasil precisa bem mais de união.
Por sorte, ainda faltam pouco mais de 15 dias para o início da campanha. A apresentação de propostas de programas e ações são demandas que se fazem necessária para que o debate volte ao único caminho que realmente interessa ao eleitor. Vamos ver se os nossos postulantes entendam isso. O brasileiro já mostrou que está cansado de ouvir balelas.