ÁLBUM DA COPA REÚNE COLECIONADORES EM BANCA DE REVISTA

LAM_17492Qualquer pessoa mais atenta ao passar neste final de semana na Avenida Raul Alves, esquina com a Rua Paraíso, deve ter notado um movimento diferente de pessoas na barraca de revistas Serena. São colecionadores que aos finais de semana se reúnem no local para trocar figurinhas. São aficionados de várias idades. Crianças, adultos e idosos que fazem do hobby um momento de lazer e, também, de muita ansiedade.

Segundo o proprietário da barraca, Sinval de Souza Sobrinho, 46 anos, a troca iniciou logo após o lançamento do álbum, na metade do mês de abril. “Agora todo final de semana é esse movimento. Tem momentos que têm mais de 100 pessoas”, conta animado entre a venda incessante de cartelas de figuras dos jogadores das seleções que participam da Copa do Mundo 2014, no Brasil.

Sobrinho informa que essa é a terceira Copa que ele trabalha em barraca de revistas e que esse movimento sempre foi assim. “Nessa Copa quem compra 10 pacotes de figurinhas ganha o álbum”. Já o álbum tem mais de 630 figuras. Entre os aficionados estava o Sr. Pacheco, possivelmente o mais idoso do grupo. Com 72 anos Seu Pacheco chega cedo a barraca, munido de uma lista com o número das figurinhas que ainda lhe faltam, mais um monte com as figuras que quer trocar e uma caneta.

Ele chega por volta das 9 horas, senta-se próximo a uma mesa na praça e ali faz seu ‘negócio’ com quem se aproximar. “Eu coleciono os álbuns e depois presenteio meus netos”, diz, ressaltando que nessa Copa está colecionando três álbuns.

Já Carlito Júnior tem 14 anos e já está terminando o seu terceiro álbum. “Estou a um mês juntando, trocando figurinhas. Já troquei mais de 50 figurinhas, mas ainda me faltam umas 30”. Já João Boa da Rocha, 68 anos, é outro apaixonado pela brincadeira. Quando o troca troca não é muito bom na barraca Serena ele não se intimida: vai para o bairro Areia Branca, em Petrolina, onde outra barraca faz a mesma ação.

“Estou colecionando três álbuns: o meu, que já fechei, outro para meu neto e um terceiro para um amigo. Ele está doente e não pode participar do troca. Aí eu falei prá ele: fica tranqüilo que eu vou fazer um álbum prá você”, relata Rocha. Para ele a grande diversão é, por exemplo, faltar a figura de número 70 e as pessoas levarem as de número 69 e 71 para trocar. “A gente fica na maior torcida e ansiedade, pois a figura que a gente precisa não vem, não vem”, diz, em meio a uma larga e longa gargalhada, bem coisa de menino arteiro.

Texto – Céres Santos

Foto – Márcia Guena

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