“O lucro do tráfico deveria estar nas mãos da população”

Deputado Federal Pastor Eurico defende a apreensão dos bens dos traficantes, que chegam a lucrar cerca de 12.000% com o tráfico internacional

Imagine como a população poderia ser beneficiada se os cem milhões de reais arrecadados a cada ano com o tráfico de drogas na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, comandado pelo traficante Nem, fossem destinados para o bem comum: construção de 120 escolas públicas, 5 hospitais de pequeno porte, 3.000 casas populares… isso calculando a arrecadação anual de apenas uma grande rede do tráfico de drogas no Brasil.

Essa é uma das ideias defendidas pelo deputado federal Pastor Eurico (PSB-PE) no Congresso Nacional. Vice-relator da comissão de políticas públicas de combate às drogas, o parlamentar tem se destacado pelo empenho em defender a priorização do assunto pelo governo federal. O Pastor Eurico é o pernambucano que mais acompanhou as viagens do grupo em vários pontos do País, a fim de conhecer alternativas bem sucedidas e avaliar carências.

A comissão também esteve em alguns países da América Latina onde o tráfico atinge diretamente a vida da população e se surpreendeu com as iniciativas de combate do poder público. Na Colômbia, por exemplo, há 1 policial para vistoriar cada um dos 6.300 quilômetros de fronteira, enquanto no Brasil, cada agente federal é responsável por patrulhar, sozinho, 18 quilômetros. Lá o governo conseguiu reduzir a produção da planta de coca de 300 mil hectares para 60 mil.

Negócio lucrativo

1kg de cocaína pura sai do Peru ou da Colômbia por US$ 1 mil.
A mesma quantidade custa nos Estados Unidos US$ 20 mil.
Na Europa chega a US$ 60 mil.
Na Ásia, 1 kg de cocaína pura é vendido por US$ 80 mil.
A droga chega na Oceania pelo absurdo valor de US$ 120 mil. Uma valorização de 12.000%.

Fonte: Comissão de Políticas Públicas de Combate às Drogas da Câmara Federal

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