Foi o que disse a imprensa em coletiva a imprensa ontem na sede da polícia federal, o delegado que preside a investigação.
A Operação Midsummer, visa investigar a denúncia de desvio de recursos públicos decorrentes da realização do “São João do Vale”, em Petrolina, nos anos de 2012 e 2013.
Ao todo, foram expedidos pela 17ª Vara da Justiça Federal em Petrolina nove mandados de busca e apreensão, sendo um em Salgueiro, dois em Campo Formoso/BA, cinco em Petrolina, em Pernambuco, e um em Juazeiro, na Bahia.
A operação também incluiu as buscas na sede da Prefeitura Municipal de Petrolina, especificamente na Secretaria Municipal de Finanças e na Coordenação Geral de Licitações, Contratos e Convênios. De acordo com a PF, as fraudes possuíam duas vertentes: a primeira para contratação irregular de empresas para locação e montagem de estruturas, mediante direcionamento de licitações, superfaturamento de preços, montagem de estruturas fora das especificações do plano de trabalho e renovação irregular de contratos.
A segunda fraude consistia na contratação irregular de empresas para intermediar acordos com artistas e bandas, sem contratos de exclusividade, mediante o direcionamento de licitações públicas e com superfaturamento de preços.
Segundo as investigações, os valores dos contratos firmados apenas no ano de 2013 ultrapassam os R$ 10 milhões, com prejuízo aos cofres públicos, eventualmente desviados, a ser apurado com a continuidade da investigação.
O nome da operação (Midsummer) advém da festa que marca o início do solstício de verão no hemisfério norte Europeu, correspondente a nossa Festa Junina. A fogueira do dia de Midsummer (25 de junho) tornou-se, pouco a pouco, na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a fogueira de São João é o traço comum que une todas as Festas de São João Europeias e no Brasil.