Depois de um suposto surto de Larva Migrans Cutânea (LMC), também conhecido como Bicho Geográfico, nas ilhas do Rio São Francisco, a dermatologista da Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE), Dra. Ana Catarina Mota, está alertando a população sobre os verdadeiros riscos da doença e quais os cuidados e precauções que devem ser adotadas, principalmente para os usuários que costumam frequentar os locais onde o perigo de contrair o parasita é maior.
Os primeiros casos da patologia começaram a ser denunciados através do BlogQSP e redes sociais da cidade, onde populares fizeram relatos e postaram fotos dos danos causados na pele. Apesar dos recorrentes registros nos estabelecimentos de saúde do município, a dermatologista enfatiza que não está ocorrendo um verdadeiro surto e que diagnósticos do tipo são registrados durante todo o ano.
De acordo com Ana Catarina Mota, os primeiros sintomas são coceiras e aparecimento de bolhas nas áreas que estiveram em contato com areia molhada, contaminada com fezes de gato e cachorro que contêm o parasita no intestino delgado, e aparecem até um dia após a transmissão. As larvas infectantes costumam deixar marcas no corpo semelhantes a um mapa e em algumas situações evoluem até mesmo para infecções. Os locais mais propensos para o aparecimento da doença são os pés, mãos, costas, barriga e glúteos
“Uma vez identificado que se trata mesmo da (LMC), iniciamos de imediato a medicação que em geral consiste em comprimidos e pomadas para ser aplicada no local afetado. Mas depende de cada caso, da quantidade de larva que existe na pele e se está infeccionado ou não. Entretanto, costumamos fazer essa combinação dos medicamentos para que a resolutividade do caso seja mais eficaz”, explica a médica.
Ainda segundo a dermatologista, pessoas que tiveram contato com o ambiente onde o parasita costuma aparecer e que logo em seguida começam a sentir os primeiros sintomas, devem procurar imediatamente uma Unidade de Saúde para que seja avaliado por um médico e iniciem o tratamento.
ASCOM
