O trabalho desenvolvido pela Rede Nacional das Clínicas do Testemunho foi apresentado, esta semana, durante audiência no Congresso Internacional sobre os 50 anos do Golpe Militar no Brasil, na UNICAP.
Representantes de Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul relataram suas experiências.
A Clínica do Testemunho visa a construção de uma política pública de apoio a saúde mental das pessoas vítimas da violência política, em especial da ditadura militar ocorrida no Brasil, no período de 64 a 85.
Em Pernambuco, o serviço é executado pela Secretaria Executiva de Justiça e Direitos Humanos, sob a coordenação da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
O secretário executivo, Paulo Moraes, explicou que a clínica tem como suporte o Centro de Apoio às Vítimas da Violência, CEAV, que realiza os atendimentos em grupo e individual. Trata-se de uma iniciativa ousada, desenvolvida exclusivamente pelo estado. Ao contrário de outras que atuam em parceria com o Ministério da Justiça. Acrescenta o secretário.
Para Maria Beatriz Vannuchi, representante de São Paulo, apesar das dores sofridas pelos anistiados políticos, serem individuais, o atendimento psicológico em grupo proporciona, de forma mais rápida, a retomada dos laços e convívios sociais.
Importante mecanismo de reparação – A Clínica do Testemunho configura-se como mais um importante mecanismo do Estado de Pernambuco voltado às reparações, haja vista a Lei Estadual nº 11.773/2000 que assegura aos anistiados políticos e seus familiares diretos o pagamento de indenização e o reconhecimento da condição de anistiado político.
A Clínica do Testemunho de Pernambuco funciona na Sede da Secretaria Executiva de Justiça e Direitos Humanos, na Rua Benfica, 133. Madalena. O telefone é o (81) 3183-3166.
Assessoria de Imprensa e Comunicação