Cerca de 1.700 famílias trabalham com a apicultura na Região Cacaueira, entre o Baixo Sul e Extremo-Sul baiano, na produção de mel, pólen e própolis, a maioria integrada em associações e cooperativas com financiamento do Pronaf. A informação foi dada hoje (18) pelo pesquisador da Ceplac Ediney de Oliveira Magalhães, presidente da Comissão Organizadora do 1º Seminário Brasileiro de Própolis e Pólen, VI Seminário de Própolis do Nordeste e V Encontro Nacional de Produtores de Pólen, que serão realizados de 25 a 28, no Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), no Km 22 da Rodovia BR-415, eixo Ilhéus-Itabuna
No “Café da Manhã” com a mídia regional, em Itabuna, no Tarik Fontes Plaza Hotel, Ediney Magalhães explicou que as abelhas são responsáveis pela polinização de espécies arbóreas, cultivares e da mata e o que elas produzem considerado subprodutos. Estudos conduzidos pela Ceplac indicam que no Sul do Estado a produção de mel está concentrada em áreas de transição entre a lavoura cacaueira e a pecuária – Ibicaraí, Santa Cruz da Vitória, Eunápolis e Teixeira de Freitas. A produção de pólen localiza-se no litoral – Ilhéus, Una e Canavieiras -, enquanto a produção da própolis vermelha de importância para a indústria farmacêutica abrange Belmonte, Canavieiras e Una.
O chefe do Cepec, Adonias de Castro Virgens Filho, falou sobre o trabalho dos pesquisadores da Ceplac no estímulo a apicultura que se soma às atividades que a instituição apóia na diversificação econômica regional, a exemplo do Agropolo de Fruticultura do Vale do Rio das Contas. Já o coordenador regional do Sebrae, Renato Lisboa, destacou a parceria com a Ceplac no desenvolvimento da cadeia produtiva da apicultura e meliponicultura.
Há 20 anos a Ceplac incentiva a cadeia produtiva da apicultura e meliponicultura na Região Cacaueira contando com a parceria do Sebrae, Senar, EBDA, ADAB e Secretaria da Agricultura da Bahia, principalmente na pesquisa, transferência de tecnologias e serviço aos apicultores no Núcleo Regional de Apicultura do Cepec. A realização do 1º Seminário Brasileiro de Própolis e Pólen e demais eventos servirá para consolidar a atividade, estimular parcerias institucionais e fortalecer a luta dos apicultores pela certificação estadual ou federal das Casas de Mel para acesso da Bahia a mercados consumidores.
A produção brasileira de mel cresceu 8,76% alcançando 37.792 toneladas. Há potencial para o crescimento do consumo interno que está em apenas 60 gramas/hab/ano muito abaixo dos índices da Suíça (1,5kg), Alemanha (960gr) e Estados Unidos (910gr). A produção regional de própolis vermelha é integralmente absorvida pelo mercado japonês, o que tem mantido o preço do quilo em R$ 450. O pólen não é exportado, mas os preços são compensadores já que estão em R$ 50 o quilo para a indústria.
(Luiz Conceição – Ascom Seagri/BA)