CARTA ABERTA A MINHA GENTE


“Das grandes traições iniciam-se as grandes renovações.” (Vassili Rozanov)

Fred Pontes

Foi fazendo uma profunda reflexão sobre a frase do filósofo russo Vassili concomitantemente com esses versos do Prof. Onésio Ferreira Leão no seu mais belo cântico de amor para Juazeiro, “Juazeiro meu berço amado, terra amada dos meus papais. Cada dia sinto mais amar-te, cada instante querer-te mais. És de todo, és de todo mundo. Para mim o mais belo torrão. JUAZEIRO EU TE TRAGO N ALMA E TE LEVO NO CORAÇÃO!”, que eu entendi o sentimento usurpador desse governo municipal que se engendrou sem a anuência da maioria dos filhos de Juazeiro, e que sente um estranho e inescrupuloso prazer em mentir desavergonhadamente, enganando toda uma cidade.
Quero nesse instante me dirigir a cada juazeirense com o intuito de fazer uma digressão e voltar aos idos de 1º de fevereiro do corrente ano. Como foi alardeado pelo vereador licenciado Crisóstomo Lima por toda a imprensa regional, inclusive numa sessão da Câmara dos Vereadores, foi feito um armistício entre o citado vereador e a Associação doa Trabalhadores da Música do Vale do São Francisco, para em conjunto, resolvermos às questões relacionadas ao segmento artístico Música.
Ficou a mim delegada a obrigação de intermediar as resoluções entre Secretaria e Associação dos Músicos no tocante à ações especificas do órgão municipal. Mesmo encontrando trincheiras quase insuperáveis, dentre a maior delas uma indicação incoerente e suspeita, que reflete como esse governo medíocre trata a Cultura. A indicação feite pelo PT de nome Cláudio Roberto Borges para a Gerência de Cultura. Pessoa essa donatário de meu carinho e admiração enquanto figura humana, mas que não apresenta credenciais objetivas para assumir uma gerência de cultura por não ter a menor inserção na vida cultural de Juazeiro, e mostrou no dia a dia uma incompetência estarrecedora a olhos vistos. Então prontamente fui servir ao meu povo no que tenho de melhor, que é o conhecimento sobre Juazeiro, sua gente e sua Cultura. Encaminhei à pessoa do Secretário diversos projetos: Reativação da Filarmônica 1º de Maio, reativação da Escola de Música Edésio Santos, 1º Festival Integrado de Música do Sertão do Sertão do São Francisco, Projeto Música nos Bairros, Festival João Gilberto de Música Popular, Troféu Bebela de Teatro, Gincana Cultural da Cidade de Juazeiro, Via Sacra de Juazeiro, Resgate das Manifestações Folclóricas de Juazeiro, criação do Conselho de Cultura dentre outros muitos que não citarei aqui para não tomar tanto espaço. NADA FOI FEITO! Para dizer que nada foi feito, o , comprou e entregou alguns instrumentos e fez uma entrega pirotécnica deles na Praça da Misericórdia com a presença da maioria dos personagens de circo inclusive com o palhaço principal que fez um discurso cafajeste sobre a importância da música. Foi de dar calafrios a quem ouviu o prefeito falar sobre música. A Cultura de Juazeiro se encontra no mesmo lugar aonde Pedro Filho a deixou. No limbo e entregue aos facínoras políticos despreparados e eivados da mais inconteste incompetência. 
“És de todo, és de todo mundo…” Nunca cheguei a imaginar que essa frase do prof. Onésio Ferreira Leão fosse servir de base analítica para enxergar o quanto foi fácil para esses oportunistas se locupletarem das esperanças de minha gente.
É com a alma repleta de satisfação e regozijo que eu me desincompatibilizo agora dessa frustração que é o governo municipal e sua secretaria de cultura. Assim mesmo, com letra minúscula. Pois minúsculos foram os esforços para o resgate da cultura e da nossa cidade.
Compreendo o filósofo russo Vassili e por isso mesmo não darei adeus a vocês meus concidadãos, e sim um até breve, pois são das grandes traições, que nascem as grandes renovações.


FREDERICO FIGUEIREDO PONTES – Cidadão Juazeirense




 

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