Especialistas ensinam como viajar sem se preocupar com assalto à casa

 

É preciso incomodar, mesmo que se chegue ao ponto de constranger. Essa é a dica do delegado Osvaldo Nico Gonçalves, da Polícia Civil de São Paulo, para fazer um maior controle da entrada de estranhos em condomínios nessa época de férias e festas de fim de ano. Os ladrões aproveitam o período de viagens para cometer assaltos e o delegado diz que erros primários facilitam a vida dos criminosos.

“Tem que incomodar. Às vezes, é melhor barrar, constranger um pouquinho”, afirma Gonçalves, sobre o trabalho dos porteiros ao ver uma pessoa desconhecida tentando entrar. Segundo o delegado, que é supervisor do Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra), o funcionário deve sempre interfonar para o morador, avisando da visita, ou até mesmo ligar para a empresa, se for o caso de uma entrega.

Gonçalves critica o fato de um prédio nos Jardins, área nobre da capital paulista, ter deixado as imagens das câmeras de segurança salvas em um computador que foi levado pelos assaltantes no domingo à noite (26). Na ocasião, eles renderam o porteiro ao entrar com um carro parecido com o de um morador e assaltaram justamente dois apartamentos vazios – os moradores estavam viajando.

“Foi um erro primário. A gravação não tem que ficar no próprio prédio. Essas imagens ajudam a polícia”, diz, ressaltando que existem sistemas de segurança em que as cenas gravadas são armazenadas em centrais longe dos condomínios. Para ele, uma das medidas essenciais, tão importante quanto investir em equipamentos de segurança, é capacitar os funcionários.

Treinamento
“Os porteiros e zeladores trabalham até 12 horas seguidas. Se o turno deles fosse de seis horas, trabalhariam mais alerta. Você pode pôr cerca elétrica, equipamento de ponta, mas se não tiver um profissional bem treinado… tem que pagar melhor o porteiro também”, defende o delegado. Ele dá outra dica que serve tanto para moradores de edifícios quanto de casas: não deixar jornais, revistas e contas acumulados na porta. “Tem que suspender a entrega. Todo mundo vê que a pessoa não está.” (Do G1)

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