GEDDEL: CÉSAR ACHAVA WAGNER “INCOMPETENTE”

Foto: Edição 247: Bahia 247 – Como era de se esperar, causa estranheza no cenário político baiano as calorosas declarações de fidelidade e os elogios proferidos pelo ministro dos Transportes, César Borges, aos governos da presidente Dilma Rousseff e de Jaques Wagner.

Ex-governador da Bahia pelo antigo PFL (hoje DEM), César Borges tentou se reeleger ministro em 2010 já pelo PR, mas pela chapa de oposição a Wagner encabeçada pelo peemedebista Geddel Vieira Lima.

Já a partir de 2011 o ex-carlista começou a dar sinais de que estava tentado a aderir ao governo Wagner e o primeiro passo foi dado em 2012, quando selou apoio do PR ao então candidato petista à Prefeitura de Salvador, Nelson Pelegrino, que perdeu a quarta tentativa, desta vez para o democrata ACM Neto (DEM).

Ex-governador já começou a colher seus frutos daí em diante. Dilma lhe nomeou vice-presidente de governo do Banco do Brasil pela cota do PR.

E a movimentação se concretizou no ano passado, quando a presidente lhe indicou para o Ministério dos Transportes. César Borges deu uma guinada no PR baiano, que de líder da oposição, passou a aliado de primeira linha de Jaques Wagner.

Mas como dito acima, seus antigos aliados de oposição estavam engasgados e o primeiro a disparar artilharia pesada contra o ministro foi o peemedebista Geddel Vieira Lima.

Em sua conta no Facebook, Geddel disse que era “contraditória” declaração favorável de César Borges à continuidade do projeto petista na Bahia.

“Se a continuidade é tão importante, em si mesmo, porque você não apoiou a continuidade de JW (Jaques Wagner) em 2010? Não foi por que era incompetente, como me dizia?”, questionou o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, César disse que “quatro anos é pouco para fazer mudança e oito anos mais ou menos”, em referência aos dois mandatos de Jaques Wagner e fazendo coro pela eleição de Rui Costa, aposta do PT para dar continuidade ao ‘projeto’.

O vice-líder do PMDB na Câmara Federal, deputado Lúcio Vieira Lima, também viu contradição do afilhado do ex-governador e ex-senador ACM, líder do carlismo.

“Esse discurso não vai enganar a população. Suponho que há quatro anos ele discordava dos projetos que estavam sendo feitos”.

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