Nesta semana, o vice-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho, foi recebido pelo corpo diretivo do Banco do Nordeste do Brasil, localizado em Fortaleza (CE), juntamente com o projetista Danilo Bione, que desenvolve projetos relacionados ao agronegócio para o BNB há mais de 20 anos.
A proposta do encontro partiu de uma inquietação do vice-prefeito de Petrolina, que está em constante diálogo com pessoas de diversos seguimentos (sejam pronafianos, pequenos, médios ou grandes empresários), e tem ouvido destes muitas reclamações. A principal queixa é quanto à morosidade do Banco do Nordeste para aprovar projetos, carta-consultas, e dar respostas às dúvidas de alguns clientes.
Entre os membros presentes na reunião, estavam o presidente em exercício do Banco, Nelson Antônio de Souza; o diretor de Controle de Riscos, Manoel Lucena; o superintendente da área de Ouvidoria, Edgar Arilo Fontenele; o superintendente estadual de Pernambuco, João Nilton; a superintendente de Marketing, Lúcia Barbosa; e o superintendente de Negócios, Valter Bento Freitas
Na oportunidade, Guilherme expos suas preocupações com a região do Vale do São Francisco e com o Semiárido. Falou sobre o grande período de estiagem que atingiu a área nos últimos dois anos e os consequentes impactos para o homem do sertão.
Outro ponto observado pelo vice-prefeito é que, nos últimos dois anos, os juros do BNB vêm subindo a cada semestre. “Estes aumentos aconteceram em dezembro de 2012, em junho de 2013 e em dezembro de 2013, justamente nos anos onde uma grande seca atinge o Nordeste. Como os agricultores sofridos da região vão conseguir pagar os seus débitos, acrescidos de juros, se eles perderam suas lavouras e criação de animais, e não têm mais com o que pagar? Isto precisa ser revisto!”, indagou.
Guilherme Coelho reconhece que o Banco do Nordeste sempre foi o grande parceiro da região, e que a última instância de decisões da política de juros é do o Conselho Monetário Nacional, cujos membros não conhecem de perto a realidade do nordestino. “Não é correto que pessoas que decidem o futuro dos nordestinos não conheçam a realidade do Nordeste. O semiárido é a região de menor renda per capita do Brasil, maior analfabetismo, maior índice de pessoas subnutridas. Estes merecem um olhar diferenciado”, defende o vice-prefeito.
O presidente em exercício, Nelson Antônio de Souza, que demonstra muita sensibilidade para com as questões que atingem o nordestino, afirmou na reunião que o Banco, nos últimos dois anos, tem passado por uma reformulação interna, hoje concluída. “O Banco do Nordeste agora já está pronto para imprimir a velocidade que o Vale precisa”, garantiu o presidente em exercício, confirmando que em breve levará toda a diretoria do Banco para uma visita à região.
O agrônomo e projetista Danilo Bione afirmou que é muito importante que setores que definem a aprovação de créditos dos clientes conhecerem de perto a região, para que as decisões sejam tomadas com menos burocracia e mais agilidade.
ASCOM