Por Carol Brito/Da Folha de Pernambuco
Foi longa a noite que antecedeu o anúncio extraoficial da composição da chapa que representará a Frente Popular por Pernambuco, na quarta-feira.
O governador Eduardo Campos (PSB) reuniu o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes (PSB), e o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), para bater o martelo sobre a majoritária.
Logo no início da tarde, os socialistas do chamado núcleo duro do processo sucessório evitavam atender ligações. Durante toda a semana, havia uma expectativa crescente para a definição dos representantes da Frente Popular e o discurso em torno do candidato deveria ser fechado para a conversa com os aliados no dia seguinte.
A definição já estava certa, faltando apenas um detalhe: convencer o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB) a aceitar a indicação para o Senado. A conversa do ex-prefeito de Petrolina com o governador se estendeu pela madrugada. Bezerra Coelho insistiu durante a semana que seu objetivo era a indicação para encabeçar a majoritária.
O socialista conversou com Campos no final de semana e com Geraldo Julio, na segunda-feira. Ao final da conversa, o processo teria sido fechado sem arestas e ele teria saído do encontro conformado com a indicação. Cabeça de chapa escolhido, o secretário estadual da Fazenda Paulo Câmara (PSB) também se reuniu com os líderes socialistas, na mesma noite.
A intenção do governador Eduardo Campos era fechar a chapa antes da sua viagem a Porto Alegre, onde participa do primeiro seminário regional do PSB e Rede. O socialista já havia conversado com todos os partidos aliados e tinha o objetivo de evitar o burburinho e intrigas crescentes em torno da escolha. Durante a semana, o socialista enfrentou a resistência em torno de alguns nomes cogitados, o que enfatizou a necessidade de soltar o nome escolhido para fechar um apoio irrestrito. A visão era de que se o processo começasse a correr solto, os ânimos na base governista só tenderiam a piorar.