Por 22 votos a 18, o empresário nascido em Alagoas Gilberto Farias elegeu-se há pouco presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), derrotando o atual presidente José Mascarenhas, que tentava a reeleição. Foi a primeira vez em décadas que houve bate-chapa para a presidência da entidade, que era comandada há anos por Mascarenhas, muito ligado à construtora Norberto Odebrecht.
Durante a campanha, candidatos na chapa de ambos foram impugnados numa demonstração do processo de acirramento que tomou conta da disputa. O fato de a votação ter sido secreta supostamente favoreceu Farias, na avaliação de apoiadores de Mascarenhas, que contabilizavam traições no processo.
Para eles, o atual presidente da Fieb caiu em decorrência do que, na política, é considerado “fadiga de material”, quando uma liderança entra em declínio pelo longo tempo em que comanda uma entidade ou poder. A maior resistência a Farias era ao fato de ser nascido em Alagoas.
Além disso, muitos lembraram, do lado adversário, que era irmão de PC Farias, tesoureiro do ex-presidente Fernando Collor de Melo que foi assassinado em circunstância até hoje não devidamente esclarecidas.