O final de 2013 trouxe esperanças para os moradores do sertão. Só nos últimos dois meses do ano, choveu forte o suficiente para superar o volume registrado nos outros dez. Foi tanta espera, que nem os transtornos registrados , como os alagamentos, conseguiram estragar a alegria. Afinal, três anos de seca causaram muito sofrimento.
Os números do Laboratório de Meteorologia da Univasf mostram que desde 2011, a região não conseguiu atingir a média histórica de chuva que é de 450 milímetros por ano. Em 2011 foram 347 mm, em 2012 no pior ano do ciclo, choveu apenas 180 milímetros e em 2013, 332.
Segundo, o professor Mário Miranda, doutor em meteorologia, 2014 começou com pouca chuva apenas 30 milímetros, mas isso não deve assustar. Há uma possibilidade de um novo ciclo se iniciar a partir do mês que vem. Ele acredita que este ano deverá ficar muito próximo da média.
“as previsões indicam que nos teremos deveremos ter um ano com chuva em torno da média, ou um pouco abaixo da média. Mas o importante é que mesmo não tendo um ano muito bom de chuva, se for bem distribuída ao logo do tempo isso é benéfico principalmente para a agricultura”, afirmou.
Sabedoria popular
Além da larga experiência em estudos meteorológicos o professor dá credito a sabedoria do homem do campo, segundo a qual, anos terminados em 4, como 2014, em geral são bons para a agricultura. A crença é confirmada pelas estatísticas.
“nós observamos que dos cem anos de dados (meteorológicos) do século passado, nos ficamos surpresos , porque durante todo esse tempos de 1914 até 2004, em dez situações de anos 4, nós tivemos 8 anos com chuva acima da media e 2 em torno da média, então isso mostra que o homem do campo tem uma experiência muito grande”, declarou.
Por Rinaldo Lima