Numa administração em que os postos comissionados estão entre os mais numerosos do mundo, a reforma ministerial desenhada hoje pela presidente Dilma Rousseff (PT) afetará mais de um quinto dos cargos de livre nomeação do governo federal.
Levantamento feito pela Folha de São Paulo deste domingo mostra que, nas oito pastas em que a saída do titular é praticamente certa, estão abrigados e sujeitos à troca algo como 5.100 cargos do tipo Direção e Assessoramento Superiores (DAS). Ao todo, o Executivo federal conta com 22,6 mil cargos DAS ocupados.
Essas vagas permitem acomodar, conforme a conveniência do ministro ou do Palácio do Planalto, servidores públicos, especialistas da iniciativa privada e apadrinhados políticos, sem exigência de concurso, qualificação ou experiência para a função.
Entre os ministérios que passarão em breve por uma troca de comando, o maior número de nomeados, 1.925, está na Saúde de Alexandre Padilha, que deixará o posto para concorrer ao governo de São Paulo pelo PT.