Os marchantes de Petrolina continuam na luta por uma solução definitiva para o abate de bovinos que a partir de agosto voltará a ser suspenso. Depois disso os animais deverão ser abatidos no matadouro de Juazeiro, ainda assim, se esse estabelecimento apresentar condições de receber essa demanda.
Ontem (09) à tarde uma comissão dos marchantes se reuniu com o deputado federal Fernando Filho (PSB), em seu escritório político na Fundação Petrolina 2020. Participaram desse encontro os vereadores Ronaldo Cancão, Maria Elena, Zenildo do Alto do Cocar, Adalberto Filho e Manoel da Acosap.
Antes da reunião, os marchantes comentaram o adiamento da suspensão do abate de bovinos no matadouro até agosto. Eles consideram curto o prazo para resolver definitivamente a questão, e não querem considerar outra solução que não seja a manutenção do abate em Petrolina, no atual matadouro ou em um novo, caso seja construído. Eles não querem considerar a possibilidade de abater os animais no Frigorifico Abatal em Juazeiro, cujas instalações , segundo eles, não comporta a demanda extra.
Apesar de uma evidente expectativa pela construção de um novo matadouro, o deputado Fernando Filho, acha prematuro falar nisso agora sem uma analise das possibilidades. Ele disse que o objetivo do encontro era de ouvir os marchantes para, ai sim, estudar soluções. Mas adiantou que parece mais lógico investir na modernização do atual matadouro que construir um novo.
“ eu acho que as ideias tem que ser debatidas, você não pode simplesmente fechar o atual, porque afinal de contas, quanto custa um novo? Alguém já fez u projeto? Onde será a locação desse novo? Tem muitas perguntas e ninguém ainda parou para ver isso”, disse o deputado ressaltando que se esse for o entendimento vai buscar ajuda para financiar a construção, mas que ainda não é o caso.
O deputado do psb também comentou a mobilização dos moradores de condomínios próximos que querem a desativação do matadouro. Segundo Fernando Filho, debater a questão é necessária, mas ele acredita que dificilmente o matadouro sairá do local porque ali também estão instalados um curtume e uma lagoa de estabilização.
“um gestor público não pode tomar uma decisão que afeta a cidade inteira baseada na vontade de um pedaço da cidade, eu acho até que se pode discutir a relocação do matadouro para outra área, mas vai fechar esse, vai vender para depois construir? Esse dinheiro vai acabar sendo usado para outra coisa e você vai acabar é ficando sem o matadouro”, ponderou.
Por Rinaldo LIma