Há pelo menos duas versões disponíveis na praça para o fato de o ministro Pedro Novais (Turismo) ter cancelado de última hora sua vinda à Bahia, onde participaria hoje pela manhã da festa de inauguração de obras de urbanização em Morro de São Paulo. Ambas envolvem o deputado federal Lúcio Vieira Lima, presidente estadual do PMDB e irmão do vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa, Geddel Vieira Lima, adversário político do governador Jaques Wagner. A primeira delas dá conta de que, sabedor da vinda do ministro peemedebista à Bahia, Lúcio se escalou para integrar-lhe a comitiva, ao que a equipe do governador teria se oposto, levando o ministro a cancelar sua participação no evento com Wagner. A outra diz que, ao tomar conhecimento de que teria tido sua presença na festa vetada pela equipe do governo, Lúcio mandou chegar ao ministro um recado desaforado, lembrando-lhe que, quando esteve na corda bomba – não se acredita que Novais já tenha saído dela – não foi Wagner que o defendeu, mas o robusto PMDB, partido do deputado. Qualquer que seja a versão preferida por quem a divulga, não se pode questionar que o membro da diminuta bancada de dois parlamentares federais do PMDB baiano ainda tem peso suficiente para influir na agenda do ministro.