Embalagens inovadoras para serem utilizadas na comercialização defrutas estão sendo apresentadas no SemiáridoShow 2013.
Elas foram desenvolvidas pela Embrapa Agroindústria de Alimentos, pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e pelo Instituto de Macromoléculas (IMA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Na sua composição, até 30% do material plástico pode ser substituído por fibras da bucha vegetal e do pseudocaule de bananeiras e mamoeiros.
A ideia é reduzir o passivo ambiental gerado pelo consumo de plásticos nas embalagens, volume que cresce a cada dia em função da oferta de produtos frescos de qualidade ou minimamente processados e prontos para consumo. Os primeiros protótipos foram testados em relação ao percentual máximo de fibra no compósito plástico e o custo benefício da proposta. Tais testes foram realizados junto a produtores rurais e empresas de comercialização interno e externo.
As embalagens testadas foram desenvolvidas para frutas como morango, mamão, caqui e manga. São alimentos suscetíveis a impactos e que tem grande perda durante as etapas de pós-colheita, embalagem, transporte e oferta ao consumidor. De acordo com o pesquisador Antônio Gomes Soares, da Embrapa, só as perdas no setor de frutas podem chegar a 35% devido às injúrias que inviabilizam a comercialização. “Daí nossa preocupação de não só desenvolver embalagens menos agressivas ao meio ambiente, mas também mais adequadas para a acomodação das frutas”.
Em visita às feiras Fruti Logistics e Freshconex, em Berlim (Alemanha), o pesquisador Murillo Freire, também da Embrapa, atestou o grande volume de plásticos usados em embalagens para alimentos frescos e minimamente processados no mercado europeu. Essas feiras atraem 2.400 expositores e mais de 55 mil visitantes interessados em negócios e oriundos de 130 países em cada nova edição. “As empresas no exterior demandam alternativas para embalagens, mas querem soluções já validadas no mercado”, explicou.
As embalagens já estão em validação e ajustes dos processos de fabricação no polo frutífero de Nova Friburgo (RJ) e de Petrolina (PE). A expectativa dos pesquisadores é chegar até o final do ano com embalagens validadas e estimativas de custo-benefício para poder oferecer o projeto de novas embalagens biodegradáveis e anatômicas às empresas do Brasil e do exterior. A iniciativa da Embrapa, do INT e do IMA conta com o apoio financeiro do BNDES.
As embalagens estarão expostas até essa sexta-feira (1o de novembro) no estande da Embrapa no SemiáridoShow, que acontece em Petrolina (PE). O evento é realizado pela Embrapa e pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa) e fica aberto ao público das 8h às 17h.
Imprensa SemiáridoShow