Artista quer primazia para transformar o Circulo Operário em Teatro-Bar

“Um lugar onde se vai para ver”. É com o conceito do que quer dizer teatro que o vice-presidente do Circulo Operário Fabrízio Fatel, conhecido popularmente como Bambam, quer colocar em prática um sonho antigo do amigo Cláudio Damasceno (Loly), falecido em 2009, e mais sonhando ainda na década de 50 pelos Párocos Theofânio e Urbano, que trouxeram o palco para Juazeiro e incentivaram a arte cênica na época.
Bambam, que também é artista, quer a primazia para transformar o Circulo Operário em um Teatro-Bar. Espaço que atualmente, mesmo com dificuldades para a conservação, continua servindo a comunidade para o desenvolvimento de trabalhos sociais, culturais e educativos.
O objetivo, segundo Bambam, é o mesmo desde a sua criação: ser um instrumento de propagação das manifestações artístico-culturais. Mas para que o sonho se torne realidade são necessários alguns reparos no prédio, uma reestruturação do espaço. Processo, de acordo com Bambam, que deverá estar envolvido com o poder público, o setor empresarial e a sociedade. “Juntos devemos encampar a ideia para a implantação de um novo espaço que propague a arte”, convida.
Apesar do espaço já possuir características de um anfiteatro, é necessário a recuperação do prédio com pinturas, reforma de banheiros, paredes e teto, aquisição de mesas e cadeiras. Equipamentos essenciais para um espaço misto de teatro e bar. O palco já é baixo, isso para aproximar ainda mais o público dos artistas; não há colunas que atrapalhem a visão e o espaço entre as mesas e as cadeiras é para facilitar a passagem dos garçons e do público. “Estamos buscando parcerias para angariar fundos e construir um teatro no espaço que hoje é utilizado para aulas de dança, artes marciais, corte e costura e costumeiramente aulas de teatro”, disse Bambam.
Bastante utilizado pelos arredores do mundo, principalmente nos EUA, como Stand-up comedy (espetáculo de humor), o Teatro Bar, aqui no Brasil, foi difundido pelos humoristas Chico Anísio e Jô Soares com o gênero do “one man show”, mas Bambam acredita que o espaço servirá para incentivar e fortalecer os grupos teatrais e folclóricos da região. “O espaço viveu seus tempos áureos da cultura local”, comenta as muitas histórias contadas pela historiadora Maria Izabel Figueiredo (Bebela), a quem o vice-presidente do local pretende homenagear com o nome do tão sonhado espaço. “A proposta é presentear a população de Juazeiro com a sala Maria Izabel Figueiredo, uma amante da arte e a pessoa que dedica a sua vida para propagar a cultura de nossa terra”, argumenta.”O espaço será um resgate da memória teatral e uma oportunidade para novos talentos”, conclui.


Por Mônia Ramos


Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *