Por Maurício Junior/Do Blog da Folha
O ainda ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), aguarda um encontro com a presidente Dilma Rousseff (PT) para definir a entrega do cargo. Especulações dão conta de que isto poderia ocorrer hoje, mas Bezerra Coelho teria ouvido da presidente um pedido para que ficasse na pasta até o final desta semana. Em seus últimos dias no comando do ministério, o socialista tem intensificado a agenda pelo Nordeste, principalmente em Pernambuco, onde pretende disputar o Governo do Estado, apesar de não ter recebido do governador Eduardo Campos nenhuma sinalização nesse sentido.
Nas redes sociais, Bezerra confirma que deixará o cargo. “Estamos finalizando nosso trabalho no Ministério da Integração Nacional para cumprir uma decisão do PSB, que deliberou, através de sua Executiva nacional, o afastamento do Governo Federal para que o partido fique livre para discutir o seu projeto interno para 2014”, escreveu. No último sábado, o tom político marcou o ato administrativo do ministro, no Forte de Pau Amarelo, em Paulista, onde esteve vistoriando obras de contenção do avanço do mar.
O evento ganhou status de campanha política e contou com a participação além de FBC, do governador Eduardo Campos, do prefeito de Paulista, Junior Matuto (PSB) e de uma dezena de deputados federais, estaduais e secretários do Governo de Pernambuco. Eduardo agradeceu o empenho que FBC teve à frente da Integração Nacional. “Fernando esteve sempre ao lado da presidenta de forma correta e leal como é do nosso costume. Saímos do governo pela porta da frente. Saímos com a cabeça erguida. Saímos para ficar à vontade e discutir o futuro do Brasil . Construir o debate que faltou nas eleições de 2010. Saímos porque dessa forma é melhor para a presidenta, é melhor para nós e espero que seja melhor para o Brasil”, disse o governador, que também aproveitou a oportunidade para anunciar que irá percorrer o Brasil para ouvir “o coração do brasileiro, que quer mudança”.
Assim como vem fazendo desde que começou a se despedir do cargo, FBC agradeceu a confiança do partido na sua indicação e mandou um recado: “Estou deixando o Ministério, mas não deixarei a política. A política é uma coisa apaixonante. Quem entra nela entra para servir e se coloca à disposição para poder participar de outros enfrentamentos, de outras lutas”, disse.