E como já dizia nossa imortal, Clarice Lispector: Arte não é pureza; é purificação, não é liberdade; é libertação. Esse foi o sentimento que reinou nesta última quinta-feira, dia 19/09, durante coquetel de lançamento da nova exposição de arte, do jornalista e artista plástico, Rinaldo Lima. Um trabalho que seduz o apreciador de arte e encanta por ser vivo, um universo multicolorido que reforça ainda mais o espírito inovador do artista. Liberdade que sensibiliza pela pureza da alma de quem pinta! As telas, segundo Silvania Aquino, professora e nova admiradora do trabalho de Rinaldo expressam liberdade e movimento “elas parecem vivas, como se convidassem a gente a entrar dentro delas, é inevitável a sensação de vida e movimento.” Diz.
15 telas, 15 expressões faciais, corporais, tamanho 1 por 1.5, gigantes como deve ser a paixão do artista pelo que faz. O público contemplou, fotografou e se surpreendeu com a participação do grupo de frevo Balançarte, que a convite da produtora e também jornalista Tatiane Marta tornou o evento ainda mais empolgante. Sombrinhas de frevo foram distribuídas, adicionando uma pitada de quero dançar frevo! Para o representante do grupo, Marcos Aurélio, o tema abordado pelo artista reforça a importância de se trabalhar a cultura pernambucana na região “nós nos vimos dentro das telas, num convite mágico para a dança, o frevo é isso, Petrolina e região precisam fortalecer esse laço com a cultura pernambucana que é rica e linda, Rinaldo está de parabéns e nós nos sentimos lisonjeados por fazer parte desse projeto.” Diz.
O artista plástico era só risos e agradecimentos, fez um discurso emocionado e questionado sobre o por quê de haver tantos negros retratados declarou “ Nós somos um país multicolorido, minha avó era negra, meu irmão gêmeo é negro, nossas raízes devem ser conservadas, o Brasil é multirracial, tenho orgulho da cultura pernambucana e não há nada mais sincero que ostentar esse amor pelo nosso povo, minha maior satisfação foi a resposta do público, ver um espectador se emocionar? Isso não tem preço.” Diz.
E para aqueles que desejam respirar cultura popular pernambucana, a exposição está aberta para visitação até o dia 20 de outubro, no Hall da univasf, prédio da reitoria em Petrolina.
Por Tatiane Marta