O ano de 2013 tende a fechar com um aumento no número de suicídios entre policiais militares, sendo que até agora foram seis casos registrados, o último nesta semana, em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia.
De acordo com a Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), em todo o ano de 2012 foram nove casos, ou seja, 2013 já atingiu 66,7% do número de PMs que tiraram a própria vida no ano anterior, faltando mais de quatro meses para 31 de dezembro.
No entanto, a Polícia Militar contabiliza oficialmente cinco suicídios e apenas um em 2012, além de apontar que até 2004 a média anual era de oito situações deste tipo, contra três atualmente. “Há muita pressão sobre os PMs, que são tratados como máquinas de combater o crime, sem ter a vida pessoal respeitada”, explica a psicóloga clínica e social Uelba Alves, que elenca os pontos mais comuns para levar um PM ao suicídio: sobrecarga da jornada de trabalho, rigidez da hierarquia militar, baixa remuneração, endividamento e riscos inerentes à profissão.
A médica ainda ressalta que elaborou uma pesquisa, há cinco anos, em que identificou uma taxa de 80% – dos 70 PMs entrevistados – com problemas como alcoolismo, depressão, síndrome do pânico e estresse. Informações do jornal A Tarde.