Comunidade participa do Dia “D” da Hanseníase no João Paulo II


Cerca de 200 pessoas moradoras dos bairros Antônio Guilhermino, Parque Residencial e João Paulo II participaram no último sábado (23), do Dia “D” contra a Hanseníase. O evento aconteceu na Unidade de Saúde do João Paulo II, onde a Equipe de Saúde da Família preparou 5 salas de triagem com atendimento de enfermeiros e encaminhamento, se necessário, a consulta dermatológica com a médica Tânia Moreno. Para a moradora do João Paulo II, Denise Bispo da Costa, 19 anos, a ação foi muito importante. “Vai fazer um mês que apareceu uma mancha no meu rosto, fiz os testes de sensibilidade e, agora estou mais aliviada, porque não tenho a doença. Muita gente precisa desta atenção especial e gratuita. Parabéns para a prefeitura e que esta ação se repita muitas vezes”, ressaltou. Os pacientes que receberam atendimento no Dia da Mancha, foram submetidos a testes de sensibilidade térmica (para saber se a pessoa diferencia o quente do frio), sensibilidade dolorosa e tátil (para saber se sente o tocar no local da mancha). Os usuários que apresentaram problemas (alteração de sensibilidade) foram avaliados pela dermatologista. “Fiquei sabendo da ação através do agente de saúde e achei muito bom, pois ter um médico para avaliar se temos o problema é sempre legal, além de tranqüilizar. Tenho uma mancha no pescoço e por isso achei importante participar dos atendimentos. Não tenho a doença e fui encaminhada para o especialista para tratamento dermatológico”, afirmou a moradora do Parque Residencial, Gilvanete Angélica da Gama, 25 anos, Durante a mobilização, apenas um caso foi confirmado da doença, sendo a paciente, encaminhada a atendimento especializado para inicio de tratamento. A dona de casa, Cilene Maria da Silva, 57 anos, teve suspeita inicial da doença. Recebeu a medicação e foi orientada a observar a mancha e retornar ao médico com 1 mês. “Adorei o atendimento. Recebi uma atenção única. Agora com esta suspeita vou ficar mais atenta e retornar ao posto de saúde para mais avaliações”, disse.Segundo a enfermeira da unidade, Mary Anne Valois, existem muitos casos silenciosos da doença e a mobilização foi promovida para que os casos sejam detectados precocemente. “Existem pacientes que possuem a doença e não sabem. Quando descobrimos logo cedo à hanseníase e o paciente inicia o tratamento, evita que problemas de saúde graves ocorram, como deformidades físicas, que podem ser evitadas com o diagnóstico no inicio da doença e o tratamento imediato”, registrou.
A hanseníase e o tratamento
No Dia “D” da Hanseníase a sala de vacina ficou aberta para que os familiares das pessoas que possuem a doença recebessem a vacina BCG, para prevenção da hanseníase. A hanseníase é uma doença que atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo, podendo variar de 2 a até mais de 10 anos. A hanseníase é transmitida por meio das vias respiratórias: tosse e espirro. As pessoas com a doença podem levar uma vida normal, pois o doente não transmite através de abraços, aperto de mão e carinho. O tratamento é oferecido gratuitamente no município, através de medicamentos, e pode durar de 6 a 12 meses. As pessoas que apresentearem alguma mancha sem sensibilidade ou anormal podem se dirigir à unidade de saúde do seu bairro para avaliação médica. Em Juazeiro a taxa da doença para cada 10 mil habitantes é de 10,3 e o indicado pelo Ministério da Saúde é que exista apenas 1 caso de hanseníase para cada 10 mil habitantes, segundo informações da dermatologista Tânia Moreno.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *