Audiência Pública em Petrolina debate Fiscalização, Comercialização e Transporte do queijo

A Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, e a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), realizou ontem (20) Audiência Pública, na Câmara de Vereadores de Petrolina. O objetivo foi discutir a “Fiscalização, Comercialização e Transporte dos Produtos de Origem Animal – Cadeia Produtiva do Queijo na Região”. Participou do evento o secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, a gerente geral da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), Erivânia Camelo, representantes do Ministério Público – que recomendou a audiência -, produtores artesanais de queijo e doce das regiões de Petrolina e do Araripe, além dos prefeitos Brivaldo Pereira (Bodocó), Eliane Soares (Santa Cruz), Carlinhos Cavalcanti (Afrânio) e Geomarco Coelho (Dormentes), os deputados estaduais Odacy Amorim, Isabel Cristina e Adalberto Cavalcanti. Além dos vereadores Maria Elena, Anatélia Porto, Zenildo Nunes, Jusária Azevedo, Ibamar Fernandes, Osinaldo Souza e Alvorlande Cruz. Os secretários municipais, Raimundo Nonato e Newton Matasumoto também estiveram presentes. De acordo com Ranilson Ramos a audiência foi um instrumento para debater uma forma de legalizar a produção oriunda da Cadeia Produtiva do Queijo, comercialização e transporte, após declaração o secretário prometeu apoiar os municípios na adequação, levando o pleito ao governador Eduardo Campos. Ao se pronunciar a gerente geral da Adagro, Erivânia Camelo, fez um breve relatório sobre a situação leiteira do Estado, afirmando que a região do Araripe projeta-se como uma segunda bacia leiteira de Pernambuco. Citando Bodocó, como o município que produz 130 mil litros de leite/dia. “Desse total, 70% é destinado à fabricação de queijo. Estimamos que só em Bodocó existam 100 queijarias clandestinas”, informa Erivânia Camelo, que enfatizou sobre a importância dos produtores se regularizarem. A segunda a se pronunciar foi à promotora da comarca de Petrolina, Ana Cláudia Sena, que sem rodeios disse que o Ministério Público não está contra os produtores, e sim a favor da lei e dos consumidores. “Não estamos aqui para negociar a lei e sim para acordar prazos para adequações dos produtores”, declarou, acrescentando que se eles (os produtores) se regularizam além de colaborar para a higienização e qualidade dos produtos eles ainda agregam valores e podem expandir os negócios para fora do município. “essa é a única solução”, enfatizou. Para ela, a determinação causou preocupação entre queijeiros e doceiros – mas por outro lado fez mobilizarem-se os políticos dessas zonas produtoras. “Muitos prefeitos me procuraram perguntando como poderiam ajudar essas pessoas, diminuir a burocracia e dar condições para que essas pessoas saiam da informalidade, não pedindo um jeitinho. Fico feliz”, disse. Já a promotora de Justiça Ana Paula Nunes, que responde pelos municípios de Afrânio e Dormentes, comunicou que será realizada uma reunião para o próximo dia 09 de agosto com os prefeitos de Afrânio e Dormentes para que possam para definir, juntos, padrões mínimos de higiene e condições sanitárias para produção, sendo criado um prazo para que para atendimento dessas diretrizes por parte dos produtores. “Vamos firmar um acordo e firmar, possivelmente, um Termo de Ajustamento de Conduta para que haja certificação, adequar à Lei. No entanto nesse momento, não podemos abrir mão das condições de saúde pública – que é o que diz a legislação”, destacou.

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