Na manhã desta terça-feira (30) os responsáveis da Igreja Batista Restauração em Sobradinho (BA) foram surpreendidos com a informação de que representantes da prefeitura derrubaram paredes do muro no local onde estava acontecendo a construção do novo Templo sede da igreja.
De acordo com o pastor da igreja, Gilmar Acosta, o terreno onde os muros foram estavam construídos foram doados pelo próprio poder público na gestão do prefeito anterior Genilson Silva. O líder da igreja confirmou que possui em seu poder toda a documentação que comprova o direito de posse à igreja, no entanto, a gestão atual do prefeito Luiz Vicente Berti considerou nula a doação.
Segundo Acosta já havia, entretanto, um processo nas mãos do juiz local, o que teria ocasionado inclusive a paralisação da obra. “O representante do poder judiciário estava inclusive viajando no momento do ocorrido” disse surpreso o pastor Gilmar.
A derrubada dos muros construídos pela igreja, de acordo com a Assessoria de Comunicação da prefeitura, não é um ato isolado, pois na cidade existem outras ocupações de terrenos que estão igualmente sendo retomados pela poder público municipal. No caso específico do terreno da igreja além da ilegalidade na doação, o pastor Gilmar não teria atendido à uma notificação da prefeitura e parte da construção estaria invadindo o espaço da rodovia estadual.
Já para o líder da igreja o ato da prefeitura foi um “um ato de desumanização contra os fiéis da Igreja Batista Restauração, tendo em vista o papel que a igreja exerce, na sociedade: transformando, recuperando vidas, famílias, reintegrando à sociedade os que se encontravam à margem” defendeu o pastor Gilmar.
“Já havíamos investido uma quantia considerável no terreno, que se encontrava com os muros erguidos” lamentou o pastor Gilmar e sua esposa missionária Karine. O líder religioso enfatizou que, diferentemente do que disse a prefeitura não recebeu nenhuma notificação prévia e só soube do ocorrido por um membro que se encontrava perto do local.
A prefeitura da terra da barragem enfatizou que não há nenhuma atitude contra a instituição religiosa. O objetivo é apenas o cumprimento das leis vigentes na cidade, no estado e no país.