Denúncia: Ganância da São Luiz coloca em risco vida de passageiros

 

De acordo com o decreto n° 2.51, de 20 de março de 1998, são direitos dos passageiros que fazem viagens interestaduais ou intermunicipais, entre outras coisas, receber serviço adequado; ter garantido sua poltrona no ônibus, nas condições especificadas no bilhete de passagem; ser transportado com segurança, pontualidade, higiene e conforto do início ao fim da viagem. Essas normas são vitais para que tragédias na estrada não continuem ceifando vidas. Infelizmente, a empresa de transporte São Luiz não pensa deste jeito.

 

Os passageiros que fizeram a viagem de Senhor do Bonfim a Juazeiro, neste domingo (26), no horário de 13:30, tiveram as suas vidas colocadas em risco por um simples motivo: a ganância da São Luiz.. O ônibus, que já não apresentava o mínimo de conforto, ainda fez o percurso extremamente lotado. O veículo que deve transportar entre 40 e 45 pessoas sentadas, percorreu os 200 km entre as duas cidades com pouco mais de 60, entre elas idosos e crianças de colo.

 

 

 

O que chama atenção nesse espetáculo dos horrores, é a falta de fiscalização. Todo ano, em períodos festivos, a Agerba faz campanhas para coibir a viagem em transportes clandestinos, porém, entre um ônibus sem licença e este da São Luiz não há nenhuma diferença. Os passageiros, que foram transportados como gado e sem o mínimo de segurança, se questionam por onde anda a fiscalização. Será que o fato da viagem ser entre duas cidades do interior impede o mínimo de responsabilidade por parte da empresa e dos órgãos responsáveis por checar as condições com que a vida dessas pessoas são tratadas?

 

 

 


 

Quando os acidentes acontecem, muito se fala em tragédia, fatalidade ou outra coisa do gênero, porém, o nome dado a reações provocadas pela ação de empresas, sem o mínimo compromisso com o consumidor, como a São Luiz demonstrou nessa viagem, é irresponsabilidade. Se o pior acontecesse entre Bonfim e Juazeiro, os donos da empresa não seriam penalizados, o sofrimento ficaria para a família de cada um daqueles que estavam dentro do ônibus. Lamentável.

 

 Texto e Fotos: Emerson Rocha

 

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