Direto de Itacuruba

Com o sítio astronômico em funcionamento, o município de Itacuruba (PE), no sertão de Itaparica, 
 abriga hoje o principal telescópio da América do Sul que monitora asteroides em rota de colisão com a terra. Mas o prefeito Romero Magalhães (PSB), anda insatisfeito.
Não, exatamente, por causa disso. Mas o motivo do aborrecimento do prefeito tem a ver. Segundo Romero, Itacuruba poderia atrair a visita de estudantes de várias partes da região se tivesse um observatório municipal. Ou seja, a obra estimularia o que chama de turismo estudantil pedagógico. O problema, no entanto, são os velhos entraves burocráticos.
O prefeito afirma que há quatro anos a Chesf vem enrolando com a obra, que está paralisada e não custa mais do que R$ 200 mil para ficar pronta. Esse recurso viria pelo Instituto Xingó. Mas Romero tem dificuldades em levar sua reivindicação por divergências, segundo ele, entre a presidência e a diretoria regional da Chesf. A primeira fica no Recife, e a segunda no sertão de Itaparica. “Eles não se entendem”, desabafa.
O prefeito disse já ter solicitado ao deputado federal Fernando Filho, do seu partido, que o ajude nessa questão. Ele informou também que o governo do estado já fez sua parte construindo a base do telescópio e disponibilizando uma casa de apoio, onde funciona. Agora é com a Chesf. “Seria uma obra compensatória por tantos prejuízos causados pela Barragem de Itaparica, que provocou a saída de 70% da população de Itacuruba para o projeto Brígida, em Orocó”, dispara Romero.

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