A Parada Gay de São Paulo foi domingo, mas na segunda-feira (3) ainda gerou repercussão na Bahia. Porém, a pauta não foi o desfile em si, mas o pagamento do cachê de R$130 mil para a cantora baiana Daniela Mercury.
As críticas geram em torno do governo baiano, através da Bahiatursa, ter pago tal cachê para a artista cantar o hino brasileiro fora do estado.
O deputado estadual Carlos Geilson (PTN) explicou nesta segunda na Assembleia Legislativa que o questionamento dele não é sobre a Parada ou sobre a opção sexual de Daniela ou de ninguém, até porque ele é a favor da união homoafetiva, uma vez que defende o livre arbítrio do cidadão ou cidadã.
“Eu quero saber se é justo e correto que o governo da Bahia invista R$ 130 mil para Daniela Mercury se apresentar fora do estado. Ela deveria cantar na Parada sem auferir recursos dos cofres do estado da Bahia, já que é ativista e representante do movimento, e sabemos que se apresentaria mesmo se o governo não pagasse esse valor”, pontuou o parlamentar.
Geilson disse que enquanto a Bahiatursa está gastando esse dinheiro para pagar um show fora do estado, o Pelourinho está abandonado. “Lá tem a rota do turismo e a rota do craque. Está uma vergonha! Precisamos também revitalizar a orla de Salvador, enfim, nossos pontos turísticos estão detonados, e enquanto isso a Bahiatursa está investindo dinheiro em uma apresentação da artista Daniela Mercury em São Paulo”, lembrou Geilson.
Núbia Passos