Na última segunda-feira (13), foi encerrada a temporada da exposição “O Sertão de Zé do Mestre”, ideia do designer e produtor cultural, Ticiano Arraes, sobre a vida e talento do homem que transformou o couro em arte. A iniciativa recebeu em Petrolina o apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Cultura e Eventos (Sedectur), passando um mês e quinze dias no Museu do Sertão. A exposição “O Sertão de Zé do Mestre” recebeu diversos visitantes. Foram mais de três mil pessoas, dentre turistas e grupos escolares, que levaram seus estudantes do Ensino Fundamental para conhecer o Museu e, também, conferir a exposição que explorou diversos segmentos da cultura exibindo um vídeo-documentário, fotografias e áudio dos sons do sertão e seu vaqueiro.
A exposição já passou por Salgueiro, Serra Talhada e Gravatá, recebendo mais de cinco mil visitantes. “Ticiano ajuda a deixar essa história no mundo porque eu vou morrer, mas minha história não”, afirmou emocionado, o homenageado, Zé do Mestre.
Para o idealizador do projeto, Ticiano Arraes, é muito gratificante poder documentar a história desse homem simples, trabalhador, típico sertanejo, mas que fez do couro a expressão da arte do vaqueiro. “Ficamos honrados por receber uma exposição tão rica culturalmente falando, e Zé do Mestre nos deixou marcado um exemplo de vida, fé e simplicidade”, declarou o gerente do Museu do Sertão, Tércio Brasileiro.
Zé do Mestre na história
Aos seis anos de idade, o mestre já fazia suas primeiras peças sob os cuidados do pai, também artesão do couro. Hoje, aos 79 anos, Zé do Mestre é renomado artesão de couro e tem seus belíssimos trabalhos divulgados pelo mundo, como quando entregou a encomenda feita pelo Embaixador da Espanha, em 1956. Zé do Mestre também vestiu personalidades nacionais tais como o cantor nordestino Luiz Gonzaga, a dupla Milionário e Zé Rico e o presidente Ernesto Médici.
Ascom/PMP