Na manhã desta quinta-feira (09), cerca de 300 professores e 30 coordenadores participaram do encerramento de mais uma etapa de exercício do programa Brasil Alfabetizado, que tem duração de oito meses. O evento aconteceu no Centro de Cultura João Gilberto, e os presentes além de receberem as homenagens, puderam assistir à peça “Dorotéia vai a Guerra”, em alusão a necessidade da arte e do encantamento para a alfabetização de jovens e adultos.
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O programa é fruto de uma parceria entre governo do estado e município, e em Juazeiro atende a mais de 3 mil estudantes, a partir dos 15 anos. Funciona na sede e interior e possui quase 300 turmas, que utilizam espaços como escolas públicas, associações de moradores, igrejas e casas para realização das aulas. A Secretaria de Educação e Esportes de Juazeiro (SEDUC) fornece todo o apoio logístico, promove formações continuadas para os professores alfabetizadores, coordena e fiscaliza.
Segundo o coordenador local, Cícero Rocha, a realização de eventos como esse para o encerramento de cada ciclo já é uma prática do programa. “É uma forma de a gente agradecer e reconhecer o esforço e trabalho desses profissionais, que oferecem novas oportunidades a quem não teve no tempo certo. Esses alfabetizadores realizam o sonho de muita gente e fazem a diferença na comunidade em que atuam”, justificou. O encerramento também acontece nos núcleos e fica a cargo de cada coordenador.
“O nosso objetivo maior agora é inserir os alunos, que encerraram este ciclo do Brasil Alfabetizado, na Educação de Jovens e Adultos (EJA)”, afirmou a gerente de Ensino Fundamental, EJA e Educação Especial, Sônia Passos. Segundo a mesma, os concluintes precisam consolidar a alfabetização e melhorar as competências leitora e escritora.
“O município fez a adesão ao programa e nós temos que honrar esse compromisso. Por isso acreditamos que não basta apenas alfabetizar os participantes, mas também é nosso dever estimulá-los para que eles prossigam com o estudo, e vocês professores e coordenadores têm papel fundamental nisso”, falou a gerente ao público presente.
A experiência da professora Elisângela Feliciana retrata bem a importância e a satisfação de quem trabalha com o programa. Ela atua na comunidade de Lajes, e formou uma turma em sua própria casa. “Não sei quem tem aprendido mais, se eu ou eles, pois me divirto muito. Posso dizer que sou feliz de poder contribuir de alguma forma para uma mudança tão significativa na vida dessas pessoas. Todo mundo precisa de uma segunda oportunidade, pois muitos não puderam freqüentar a escola quando criança. Sei que de tudo isso fica uma grande lição: sempre é tempo de aprender”, ponderou.
Ascom/PMJ