Segundo secretário, Saúde aumentou em 54% oferta de serviços em Juazeiro

Durante audiência pública sobre a saúde de Juazeiro realizada na Câmara de Vereadores nesta quarta-feira (07), o secretário de saúde, Ubiratan Pedrosa apresentou em números, dados e informações claras e objetivas como a saúde do município avançou nos últimos dois anos. Num debate democrático de quase quatro horas, vereadores, representantes de sindicados dos trabalhadores, da rede hospitalar privada e pública, do IMIP, elogiaram a gestão municipal, tiraram suas dúvidas, fizeram perguntas e colocaram reclamações sobre a rede assistencial do SUS na cidade.

 

 

 

 

Todos os reclames foram esclarecidos e deficiências reconhecidas pelo secretário de saúde, que explicou durante a sessão, que existem quatro formas para identificar o nível da saúde do município. “Basta analisarmos os indicadores de saúde, as ofertas de serviços, financiamento e as queixas”, argumentou. Segundo Ubiratan Pedrosa, de 2008 a 2010 (dados preliminares), a mortalidade infantil teve redução progressiva de 21,83% e a mortalidade materna de 75%.

 

Com relação a mortalidade ocasionadas por doenças infecciosas, neoplasias, doenças endócrinas, do aparelho circulatório e respiratório, Ubiratan Pedrosa demonstrou que o município está abaixo da média ou na média da Bahia ou do país. De acordo com o gestor da pasta, em 2010, por exemplo, a taxa de mortalidade proporcional em Juazeiro em doenças infecciosas por 10 mil habitantes foi de 2,3 e na Bahia de 2,4, exemplificou.

 

De 2008 a 2010, sobre a oferta de serviços, o secretário de saúde informou que o município teve crescimento de 54%, aumentando a oferta de exames, consultas, ações coletivas acompanhamentos e procedimentos em geral, de 2 milhões em 2008 para 3 milhões, ano passado. “Continuamos avançando e beneficiando a população. A prefeitura já reformou e ampliou 15 unidades de saúde, está construindo a UPA, duas USF no Mandacaru e Parque Residencial, além das sete unidades de saúde que serão construídas este ano e mais oito com recurso garantido pelo PAC2”, citou.

 

Com relação ao questionamento da vereadora Valdeci Alves, autora do requerimento, sobre o fechamento dos hospitais e maternidades, Ubiratan Pedrosa, esclarece que as unidades hospitalares não investiram, nem se modernizaram e por essa razão fecharam as portas. “É necessário deixarmos claro que a Santa Casa foi reaberta como um Centro de Especialidades, a Clise como a Maternidade Municipal e estamos em processo de municipalização da Só Baby, para que avancemos nos atendimentos pediátricos em Juazeiro”.

 

O gestor da pasta acrescenta que hoje a Maternidade está realizando 400 partos mensais, além do atendimento humanizado e diferenciado. “A unidade está atendendo normalmente a demanda, então não é necessário mais de uma maternidade, principalmente pelo aumento de custo em um SUS deficiente”, afirmou.

 

A explicação do secretário foi confirmada pelo representante do Sindicato dos Hospitais da Rede Privada, José Carlos Carneiro. “Sabemos que a rede hospitalar na cidade atravessa há mais de 15 anos uma crise aguda, que não é recente. As unidades foram fechadas por problemas oriundos de muitos anos, pois sabemos que gerir a saúde não é fácil”, explicou.

 

Com relação a indagação do vereador Alex Tanuri sobre as filas nos hospitais e migração dos usuários para Petrolina, o gestor explica que existem dados que confirmam um fluxo de atendimentos em Juazeiro bem maior de pacientes vindos de Petrolina e outras regiões”, falou.

 

O vereador e líder do Governo na Câmara, Damião Medrado, questionou sobre o débito dos hospitais nas gestões anteriores e parabenizou o funcionamento da Maternidade Municipal. “Antes encontrávamos dificuldades, mas hoje a situação está bem diferente. O paciente é bem acompanhado e esperamos que com a Só Baby seja da mesma forma. Sabemos que a saúde precisa melhorar, mas diante destas demonstrações ficam claros todos os avanços”, relatou.

 

Ubiratan Pedrosa informa que a dívida da saúde de mais de 10 milhões já foi quitada. “Encontramos a saúde sucateada, mas estamos em processo de mudança. Nosso desafio é chegar ao final da gestão com uma rede hospitalar adequada e a Atenção Básica, que está em processo de qualificação, com uma nova estrutura de atendimento”, destacou.

 

Para finalizar, o presidente da casa Nilson Alves Barbosa, conclui que existem “sim” avanços. “A saúde é uma questão complicada, porque muitas vezes as pessoas não conseguem enxergar as mudanças, devido ao emocional, muitas vezes abalado diante de uma dificuldade ou carência de atendimento. É difícil encontrar médicos e especialistas, mas as mudanças foram mostradas em números e ações. O Tratamento Fora Domicílio, por exemplo, mesmo com a necessidade de um ônibus melhor, o serviço avançou bastante nos últimos dois anos e não vemos as pessoas reclamando. Existem investimentos e os débitos foram sanados. Sempre teremos problemas na saúde. Este é o avanço”, encerrou.

 

Ascom/PMJ

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *