WAGNER CUIDA DE 2018 ANTES DE 2014

Luiz Augusto Gomes

blogqsp.Jaques WagnerHá uma aparente contradição nas movimentações e declarações do governador Jaques Wagner: ele acha cedo para tratar da própria sucessão, adiando a decisão para o último trimestre deste ano ou, no máximo, para o primeiro do próximo.

Mas se o assunto é a eleição presidencial, que a rigor lhe compete menos do que a estadual, Wagner não se acanha de fazer projeções para 2018, e até candidato já tem, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB.

Para que desse certo seu projeto de convencimento de “Eduardo”, como a intimidade lhe permite chamar, seria preciso que o governador pernambucano fosse a personificação da credulidade e esperasse sentado que o PT lhe passasse o cetro ao final do segundo governo Dilma Rousseff.

Wagner sabe que não teria êxito em tal empreitada, e, como ingênuo não é, exerce sua tática de falar por sinais, apenas usando o exemplo de Campos para opinar sorrateiramente sobre uma situação que conhece melhor – a da Bahia.

“É melhor entregar o poder a um aliado que perdê-lo para um adversário” é a síntese do seu conceito. E, no atual quadro baiano, é impossível desenhar um nome melhor para a derrota do que o do secretário Rui Costa.

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