O FICAECO apresenta produções que retratam a diversidade cultural do Brasil e da América Latina, valorizando as vivências, lendas, religiosidade, musicalidade e as histórias de seus povos. Os filmes buscam representar a realidade de forma sensível e crítica, propondo reflexões sobre os desafios ambientais e sociais da atualidade.
“O cinema é um espaço de poder! E aqui pudemos trazer nossa produção, que é uma crítica ao uso excessivo de agrotóxicos. Nossa Mãe Terra está doente, está ferida de tanto veneno que jogam nela”, afirmou o cineasta Kleber Xukuru.
O festival é estruturado em duas mostras principais — Abya Yala e Opará —, sem caráter competitivo. Todas as produções selecionadas recebem o Troféu Ana Primavesi, em homenagem à ancestralidade do Povo Xukuru.
“É importante estarmos nesses espaços para contarmos nossas próprias histórias. Por isso, através do coletivo de audiovisual do Povo Xukuru, criamos a Orurubá Filmes. Antes, outros iam lá e filmavam, mas não reproduziam a realidade do nosso povo. Agora mostramos quem realmente somos”, destacou Vilmar Xukuru, da comunidade indígena Xukuru Ororubá do município Pesqueira/PE.
A estudante argentina Guadalupe Carrizo também compartilhou sua impressão sobre o evento, “Estou gostando das produções porque há uma variedade de temáticas e formatos, com documentários e ficções que apresentam a história de pessoas, povos e comunidades, sem uma hegemonia centralizada.”
O FICAECO 2025 segue até domingo (18), das 8h às 21h, com uma programação diversa que inclui mostras de filmes, debates, mesas-redondas, oficinas e rodas de conversa; tudo gratuito e aberto ao público.
Texto: Márcio Reges – Ascom PMJ