Os ministros André Fufuca (PP-MA), do Esporte, e Celso Sabino (União-PA), do Turismo, devem deixar a Esplanada nos próximos dias. A decisão foi selada após pressão de seus partidos, União Brasil e PP, que exigiram o afastamento do governo Lula como condição para manter a filiação.
O ultimato foi definido em reunião que contou com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI). Depois do encontro, Rueda e Ciro se reuniram com os dois ministros e comunicaram que, para permanecer nas siglas, será necessário entregar os cargos.
Fufuca e Sabino, que possuem mandatos de deputados federais, devem solicitar, separadamente, uma agenda com o presidente Lula para formalizar a saída. A expectativa é que apresentem uma carta de agradecimento e justifiquem a decisão por motivos partidários.
A pressão cresceu após a consolidação da federação entre União Brasil e PP, que fortaleceu o alinhamento das legendas com a oposição.
Outros três ministros do União Brasil seguem no governo, mas são considerados indicações diretas do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e não estão sob risco de exoneração imediata.
Na reunião ministerial do último dia 26, Lula já havia advertido os representantes do centrão: quem não defender o governo em ambientes de oposição deverá deixar o cargo.