Por Antônio Campos*
No próximo dia 13 de agosto, o falecimento de Miguel Arraes completa 20 anos, e a Transnordestina continua sem sair do papel em Pernambuco.
Um mês antes de ser hospitalizado, Arraes teve uma das conversas mais duras de sua vida com o então todo‑poderoso José Dirceu sobre o projeto.
Arraes criticou a José Dirceu a modelagem financeira e geográfica da Transnordestina, tendo na ocasião José Dirceu feito a apologia do empresário Benjamin Steinbruch — o que foi veementemente rechaçado por Arraes.
Ouvi de Arraes detalhes da conversa e o quanto ele foi contrariado. Chegou a dizer a Dirceu que, se fosse assim, subiria à tribuna do Congresso Nacional — era deputado federal na época — e faria uma das mais graves denúncias de sua vida sobre as ligações tenebrosas dessa ruidosa ferrovia. Arraes se retirou da reunião diante do teor do diálogo.
Infelizmente, logo em seguida, Arraes adoeceu e veio a falecer cerca de três meses após essa conversa com José Dirceu.
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*Advogado e escritor
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